São Paulo – O setor aeroportuário faturou US$ 95 bilhões no ano passado, segundo informações divulgadas sexta-feira (17) pelo Airports Council International (ACI), entidade que reúne empresas que administram terminais aéreos ao redor do mundo. O Oriente Médio, região onde a aviação tem crescido muito, respondeu por US$ 4,3 bilhões, ou 4,5% do total global.
O resultado de 2009 foi 2% menor do que o de 2008. “O primeiro trimestre de 2009 representou o pico da crise [financeira internacional] para a as viagens aéreas, com um declínio de 9% no número de passageiros e de 20% no transporte de cargas. Os resultados foram melhorando nos trimestres seguintes, sendo que houve um crescimento de 3,5% nos três últimos meses do ano”, disse a diretora geral do ACI, Angela Gittens, segundo nota da entidade.
As receitas dos serviços aeronáuticos somaram US$ 51 bilhões no ano passado, enquanto que recursos de outras atividades, como lojas, restaurantes e outros serviços oferecidos dentro dos aeroportos, responderam por US$ 44 bilhões, ou 46,5% do total.
“As receitas não-aeronáuticas são um componente vital na economia dos aeroportos. Na recessão, a diversificação das receitas amenizou o impacto do menor fluxo de passageiros e cargas. No limite, elas determinam a viabilidade financeira de um aeroporto, uma vez que tendem a gerar maiores margens de lucro do que os serviços aeronáuticos, que tradicionalmente cobrem apenas os custos, ou são deficitários”, declarou Angela, de acordo com a nota.
Para este ano, a perspectiva é de crescimento. Segundo o ACI, o número de passageiros deve fechar com um aumento de 6% e o transporte de cargas com 15%. Para a entidade, 2010 foi um ano muito melhor do que o esperado.