Agência Sebrae
Brasília – No auge da crise do petróleo, o cultivo da mamona, utilizada como matéria-prima para a produção de biodiesel, tem ganhado espaço considerável nas regiões Norte e Nordeste do País. A partir de uma parceria da secretaria de Agricultura do Estado de Alagoas com o Sebrae estadual, o sertão alagoano passa a integrar o estudo para a implantação do programa nacional de biodiesel. O objetivo é reestruturar a economia local, além de contribuir com o barateamento do consumo energético, sem danos ambientais.
A proposta do governo do Estado é impulsionar a produção do biodiesel em Alagoas e garantir boas perspectivas de mercado para os produtores de mamona. De acordo com Marcos Vieira, superintendente do Sebrae em Alagoas, cerca de 30 mil toneladas de sementes foram distribuídas pela secretaria direcionando a produção para nove municípios, onde foi verificada a viabilidade econômica da atividade.
Atualmente, o Piauí é o estado com a maior produtividade de mamona do País. São aproximadamente dois milhões de hectares de mamona plantados. Só o Piauí pode produzir o equivalente a um bilhão de litros de mamona, gerando 300 mil empregos diretos ou indiretos.
Entre as vantagens do biodiesel produzido a partir da mamona está a redução em 90% de gases poluentes no ar. Além disso, a produção de mamona no semi-árido tem contribuído com a geração de emprego e renda para pequenos produtores, fortalecendo a organização no campo e inserindo a cultura empreendedora.