São Paulo – A Arab Advisors Group, empresa de pesquisas de mercado com sede na Jordânia, fez um estudo com 17 companhias de financiamento coletivo (crowdfunding) do Oriente Médio e Norte da África e constatou que elas levantaram mais de US$ 20 milhões de 2012 a abril de 2016. Dados da pesquisa foram divulgados nesta quarta-feira (29) pela consultoria, que é especializada nos setores de informática e telecomunicações.
Segundo comunicado do grupo jordaniano, o estudo dividiu as iniciativas de crowdfunding em cinco categorias: baseadas em recompensas, baseadas em doações, baseadas em participações, relacionadas ao ramo imobiliário e de empréstimos entre pessoas.
No primeiro caso, em que o solicitante do recurso se compromete a dar uma recompensa ao apoiador – pode ser poder adquirir o produto fruto do projeto antecipadamente, por exemplo, ou algum tipo de brinde -, foram realizadas 255 campanhas de financiamento coletivo por meio de websites desde 2012. A doação média para estas iniciativas foi de US$ 175.
“Nossas entrevistas com executivos de crowdfunding revelaram que lidar com questões regulatórias é um dos maiores desafios das empresas do ramo na região”, disse Malik Malik, analista de pesquisas do Arab Advisors Group, de acordo com nota da companhia.
Ele acrescentou que a falta de regulação na área faz com que os “pioneiros” deste setor tenham que estar constantemente em contato com agências reguladoras para evitar que seus negócios não entrem em atrito com os governos e também para incentivar a criação de regras para a atividade.
No Brasil, sites de crowdfunding têm sido utilizados por alguns refugiados sírios para levantar recursos e abrir negócios próprios.