São Paulo – O Omdurman National Bank, do Sudão, quer fazer parcerias com bancos brasileiros e ter correspondentes no País que forneçam garantias para negócios fechados entre empresas nacionais e sudanesas, assim como a própria instituição já faz no país árabe. O gerente geral do banco, Abd Alrahman Hassan Abd Alrahman, se reuniu com instituições bancárias em São Paulo na última semana e, na sexta-feira (01), visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Acompanhado do embaixador do Sudão no Brasil, Abd Elghani Awad Elkarim, Alrahman se reuniu com representantes da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Bradesco, ABC do Brasil, BTG Pactual e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Ele ainda visitaria o Banco do Brasil e o Banco Central, em Brasília, e empresas no Rio de Janeiro antes de retornar a Cartum, nesta semana.
O Omdurman Bank quer que os bancos brasileiros aceitem cartas de crédito emitidas pela instituição como garantia de compra e venda de produtos e que sejam seus correspondentes locais. Ele afirmou que as reuniões que teve com a ABBC e a Febraban foram “produtivas”.
“O Brasil tem muitos bancos que financiam transações, que garantem algumas negociações. Queremos ter correspondentes aqui”, disse Alrahman. Ele afirmou que, no Sudão, o Omdurman Bank emite cartas de crédito para garantir os negócios celebrados lá.
Alrahman afirmou também que a empresa já encontrou parceiros em outros países, como Malásia e China. “Temos tanto em comum com o Brasil e as relações entre os dois países têm crescido muito nos últimos anos. Então, podemos criar o ambiente lá para que as indústrias e o comércio se desenvolvam como cá”, afirmou.
O diretor geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, afirmou que Alrahman apresentou às instituições brasileiras como elas poderiam apoiar empresas do País que procuram fazer negócios no Sudão. “Ele e a Febraban combinaram que o presidente do Omdurman Bank deverá vir ao Brasil para apresentar seus objetivos e garantias”, disse Alaby. A reunião com o presidente da instituição está prevista para fevereiro.
O Sudão sofre com embargos econômicos, o que dificulta a obtenção de financiamento. Há, contudo, bancos árabes e europeus que fornecem crédito às empresas do país africano.