São Paulo – O Brasil condenou os atentados ocorridos nesta sexta-feira (26) na Tunísia, Kuwait e França. Segundo nota do Itamaraty, o governo brasileiro “deplora o incremento dos atentados terroristas que continuam a ceifar vidas inocentes em diferentes partes do mundo”.
Num hotel em Sousse, na Tunísia, atiradores mataram pelo menos 36 pessoas e deixaram mais 39 feridas, segundo a agência de notícias Tunis Afrique Presse (TAP). O ministro tunisiano do Interior, Mohamed Ali Laroui, disse que as vítimas são de nacionalidades britânica, alemã, polonesa, belga e tunisiana.
O ataque em Sousse ocorreu pouco mais de três meses após o atentado no Museu do Bardo, em Túnis, que deixou 21 mortos. Os dois episódios atingiram em cheio uma das principais atividades econômicas do país: o turismo.
Na Cidade do Kuwait, uma explosão na mesquita xiita Al-Iman Al-Sadiq matou pelo menos 25 pessoas e feriu mais 202, segundo informações do Ministério do Interior do Kuwait reproduzidas pela Kuwait News Agency (Kuna). A sexta-feira é dia de orações coletivas no mundo muçulmano e as mesquitas ficam cheias. O ataque ocorreu durante a reza da tarde, e no período do Ramadã, mês do calendário muçulmano em que os fiéis jejuam do nascer ao por do sol e que marca a revelação do Alcorão ao profeta Maomé.
Na cidade francesa de Saint-Quentin-Fallavier, uma explosão ocorreu de manhã na fábrica de produtos químicos Air Products e uma cabeça humana foi encontrada na grade do local, segundo o site do jornal Le Monde.
“Trata-se de atos criminosos, perpetrados por extremistas em nome de ideias incompatíveis com as regras mais elementares de convívio e respeito aos direitos humanos”, declarou o governo brasileiro.
De acordo com o comunicado do Itamaraty, “a intolerância religiosa e o recurso à violência indiscriminada, praticadas sob qualquer pretexto, merecem o mais veemente repúdio da sociedade e do governo brasileiro”.
A nota acrescenta que o governo “estende suas condolências e sua solidariedade às famílias das vítimas e aos povos e governos da Tunísia, do Kuwait e da França”.