São Paulo – O Brasil e outros quatro países deixam em 1º de janeiro os postos de membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo a embaixadora brasileira na ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, nos dois anos em que ocupou um assento no órgão, o País exerceu o que ela chamou de “diplomacia preventiva”, por meio da qual foram evitados conflitos em muitos países.
Um dos exemplos da “diplomacia preventiva” aplicada durante o período em que o Brasil participou do CS, segundo Maria Luiza, foi o processo de independência do Sudão do Sul, oficializado em julho após a realização de um referendo em janeiro de 2011.
“O fato de o referendo ter sido realizado de uma forma pacífica, no tempo e com os resultados respeitados, seguido pela independência do Sudão do Sul, foi um bom exemplo de democracia preventiva com o qual o Conselho se comprometeu”, afirmou a embaixadora nesta terça-feira (27) na sede das Nações Unidas, em Nova York.
O CS é formado por 15 países. Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido são permanentes e têm poder de veto sobre as decisões. Outros dez integrantes se revezam no Conselho a cada dois anos. Estes não têm poder de veto.
Além do Brasil, deixam o órgão o Gabão, Líbano, Bósnia-Herzegovina e Nigéria. Em seus lugares entram Togo, Azerbaijão, Guatemala, Marrocos e Paquistão. Outros cinco integrantes ficam até 2013 no CS. São eles: Colômbia, Alemanha, Índia, Portugal e África do Sul.