São Paulo – As empresas brasileiras que irão participar da 32ª edição da Big 5 Show em Dubai, entre os dias 5 e 8 de novembro, vão usar o evento para aumentar as vendas no Oriente Médio. A fabricante de cadeados Pado, por exemplo, já revelou à ANBA que pretende exportar para o Oriente Médio a partir de 2013 e vai para a Big 5 apresentar seus produtos.
Fabricante de equipamentos para obras, a empresa catarinense Menegotti pretende ampliar sua participação na região, onde tem clientes no Catar, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. As exportações correspondem a aproximadamente 10% do faturamento anual da Menegotti. Desse total, 35% provêm das vendas para a África, 35% da América do Sul, 15% da América Central e Caribe e 15%, do Oriente Médio.
Para aumentar as vendas na região, o gerente de exportação, Thiago Sandrini Leite, aposta na recuperação da economia mundial e, entre seus produtos, nas betoneiras e torres de iluminação. "Vimos que depois da crise houve um reaquecimento do setor no Oriente Médio e nós queremos fortalecer a presença na região. Espero que o pior (da crise) já tenha passado porque queremos voltar a exportar com força para lá", afirmou o gerente da Menegotti, que exporta seus produtos desde 1974.
A Tramontina também acredita que é possível ampliar a participação das vendas ao Oriente Médio. Por isso vai participar da Big 5 com sua linha de pias e cubas para cozinhas. A Tramontina também afirma que, no total exportado, a participação do Oriente Médio ainda é tímida, mas a linha de pias e cubas tem potencial de crescimento. "Por isso da grande expectativa que temos em fazer bons contatos na Big Five para aumentar os negócios". A novidade para esta Big 5 é uma linha de pias feitas com vidro temperado em vez de granito.
A Pettrus Mineração fará sua estreia em feiras no exterior. O proprietário da empresa, Maxwell Alcântara, pretende conquistar o mercado árabe em um nicho pouco explorado pelos concorrentes: o de pedras exóticas. "Sei que haverá na feira concorrentes que são grandes empresas e que são estruturados, mas eles trabalham com um tipo de pedra que se vende em larga escala. Eu pretendo mostrar aos árabes pedras que podem ser usadas para decorar um hall de hotel, um banheiro, um espaço diferenciado", diz. A empresa já exporta para os Estados Unidos e a Europa.
Uma dessas pedras diferenciadas, diz Alcântara, é um quartzo branco e translúcido. "Como os árabes hoje têm uma arquitetura de vanguarda, acredito que poderão se interessar por esta pedra", diz. Alcântara sabe, porém, que será difícil fechar contratos durante a feira. "Se eu receber um pedido, será ótimo, mas estou preparado para apresentar o meu produto da melhor forma possível para fazer contatos", disse.
A Astra, que teve bons resultados na edição de 2011, volta para a feira deste ano com uma estratégia diferente. Os executivos pretendem usar a exposição mundial que a Big 5 oferece para conquistar novos clientes. "Queremos ampliar nossa participação nos países árabes, mas não pensamos só na região. A feira recebe muitos visitantes. Fazemos contatos com pessoas de outros países e logo depois da feira recebemos pedidos de amostras para teste e então negociamos", diz o trader da Astra, Marc Dotto. Entre os produtos que ele deverá levar à Big 5 estão uma mini banheira, caixa de descarga, ducha elétrica e sifões. "Vamos mostrar nossos produtos e oferecer um preço competitivo", diz.