Abu Dhabi – Construtoras brasileiras que integram missão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) ao Oriente Médio querem participar de projetos na região e nos últimos dois dias viram algumas oportunidades em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.
Representante da Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, OAS, da mineira Fidens e de companhias de tecnologia tiveram nesta quinta-feira (15) uma reunião com diretores da Abu Dhabi Airport Company (Adac), administradora dos terminais aéreos do emirado.
O aeroporto de Abu Dhabi passa por um grande processo de expansão que inclui a construção de um novo terminal, que vai ampliar a capacidade dos atuais nove milhões de passageiros por ano para 27 milhões em 2017.
O CEO da Adac, Jim Benett, disse que a licitação para construção do terminal já foi realizada, embora ainda não tenha sido anunciado o vencedor, mas serão promovidas novas concorrências para outras estruturas, como acessos rodoviários, instalações de apoio, estacionamentos, entre outras. O projeto inclui ainda a criação de uma zona industrial para produtos ligados à aviação, sob o regime de zona franca, além de prédios comerciais.
Na quarta-feira, os executivos das empreiteiras estiveram na Etihad Rail, companhia criada para construir um estrada de ferro para cruzar os Emirados. A linha terá 400 quilômetros.
O diretor de Desenvolvimento de Negócios da Etihad Rail, Graeme Overall, disse que vê com bons olhos a eventual participação de empresas brasileiras no projeto. Há interesse, segundo ele, de construtoras da China, Turquia, Coreia, Itália e Índia.
No Brasil
Atrair investimentos para o Brasil é outro objetivo da missão. Benett, por exemplo, disse que a Adac tem interesse no País e chegou a discutir o leilão de aeroportos realizado na semana passada com companhias brasileiras. "Temos interesses fora de Abu Dhabi e olhamos oportunidades no Brasil", afirmou o executivo. "Nosso objetivo é administrar aeroportos ao redor do mundo. E não só aeroportos, mas também serviços relacionados", acrescentou.
Ele destacou que a companhia mantém seu interesse pelo Brasil, caso o País venha a promover novas concessões. "Estamos muito abertos para novos investimentos", declarou Benett.