Marina Sarruf
São Paulo – Um grupo de dez empresas brasileiras do setor joalheiro, coordenadas pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) e com o apoio da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex) e da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, vai participar da feira Jewellery Arabia 2004, no Bahrein, entre os dias 5 e 9 de outubro. O evento está em sua 13ª edição e costuma atrair, além de empresários, consumidores de jóias e colecionadores de todo o mundo.
"A indústria brasileira se desenvolveu muito e está mais equipada. Nossas jóias estão conquistando o mercado internacional", afirmou Ricardo Vianna, diretor-presidente da Vianna Jóias, que vai expor pela primeira vez na Jewellery Arabia.
De acordo com Vianna, participar da feira do Bahrein é abrir uma porta para o mercado do Oriente Médio, já que a Vianna ainda não exporta para a região, mas vende há quatro anos para países da América do Sul, da América do Norte, da Europa, e ainda Japão e Austrália.
Segundo Cristina Furbino Villefort, gerente de exportação da empresa Séculus, que também participará da feira pela primeira vez, o evento pode trazer uma boa oportunidade para as empresas brasileiras. "A Séculus espera abrir ainda mais o seu leque de clientes árabes durante a feira", disse ela.
"Queremos que os árabes passem a ter uma fatia maior no mercado consumidor de jóias brasileiras", acrescentou Vianna. Ele espera dobrar suas exportações este ano em relação a 2003, e destinar 50% de sua produção para o mercado externo.
"Acredito que estamos todos trabalhando para atingir a meta de US$ 1 bilhão (até 2006)", disse ele, referindo-se à meta de exportação brasileira estabelecida pelo IBGM.
As empresas brasileiras acreditam que a tendência do setor é aumentar suas exportações para os países árabes. "Há uma afinidade muito grande entre os brasileiros e os árabes, eles são uma excelente opção de importadores para nossos produtos", afirmou Vianna.
Design brasileiro
As jóias brasileiras são muito apreciadas no exterior, devido à criatividade, ao design moderno e, principalmente, ao colorido das pedras nacionais, como citrino, topázio imperial, ametista e outras. "Nossas pedras fazem sucesso no mundo todo", disse Cristina.
As mulheres árabes são conhecidas por usarem jóias com muito ouro, pedras e diamantes. De acordo com Valéria Barbosa, diretora de marketing da empresa Vancox, o mercado árabe é excelente para a empresa, que vai participar da feira pela quarta vez.
Na feira de Bahrein de 2003, a Vancrox recebeu um volume de pedidos 80% maior do que no ano anterior. "Esperamos que este desempenho se repita neste ano", disse Valéria. "A maioria do público da feira são mulheres, elas compram muito, principalmente as mulheres dos xeques da Arábia Saudita", acrescentou ela.
Outro fato interessante é que muitos noivos aparecem no evento para comprar conjuntos de brincos, anéis, colares e pulseiras para presentearem suas futuras esposas.
Perfil
A paixão do árabe por jóias finas criou um mercado que movimenta US$ 30 bilhões por ano. No ano passado, mais de 25 mil pessoas passaram pela feira do Bahrein, um aumento de 15% em relação a 2002, sendo que 5,7 mil visitantes (23%) eram do mercado joalheiro da Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Omã e Emirados Árabes Unidos.
O centro de exposição do Bahrein vai contar com um pavilhão brasileiro, onde estarão os estandes da Vancox, Forum Romano, Vianna, Denoir, Gemas Figueiredo, Manoel Nogueira, Manoel Bernardes, Fiamma, Séculus e Talento.
Até agora, 24 países já confirmaram presença na feira: Áustria, Bahrein, Brasil, Canadá, Chipre, Hong Kong, Índia, Itália, Japão, Jordânia, Coréia, Kuwait, Líbano, Lituânia, Portugal, Arábia Saudita, Cingapura, Suíça, Tailândia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.
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