Randa Achmawi
Cairo – O primeiro Fórum de Empresárias do Oriente Médio e da África do Norte terminou ontem (28) no Cairo e contou com a participação de mais de 45 instituições de 30 países. O evento, que durou dois dias, teve apoio da primeira dama do Egito, Suzanne Mubarak, e foi organizado juntamente com a Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A reunião foi considerada pelo ministro egípcio dos Investimentos, Mahmud Mohiedine, como sendo uma importante iniciativa para apoiar a participação das mulheres nos projetos de desenvolvimento econômico do país. As informações foram publicadas ontem no jornal Al Ahram, o principal do país.
Em seu discurso na sessão de abertura, Mohiedine ressaltou que houve um progresso notável na participação das mulheres nas atividades econômicas no Oriente Médio e África do Norte e informou que hoje a porcentagem de mulheres proprietárias de empresas na região chegou aos 13%. Ele reconheceu, no entanto, que existem diversos desafios que as mulheres devem enfrentar para assumir plenamente seu papel, por meio da participação nos projetos de desenvolvimento e da aquisição de empresas.
A presidente da Associação Mundial de Mulheres Empresárias (FCEM), Françoise Foning, falou do papel da instituição, de formar empresárias capacitadas e de defender seus direitos. Ela acrescentou que a associação contribuiu para a resolução de um grande número de problemas enfrentados por mulheres empresárias, principalmente nos países em desenvolvimento.
A ministra italiana do Comércio Exterior, Emma Bonino, também participou do encontro e elogiou os progressos feitos pelas mulheres empresárias no âmbito das pequenas e médias empresas, especialmente nos países em desenvolvimento. Bonino agradeceu à FCEM e ao Egito por seu apoio às atividades das mulheres em projetos de desenvolvimento e empresas.
Por sua vez o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, elogiou o governo egípcio, especialmente o Ministério do Desenvolvimento, na organização do fórum. Uma atitude que, segundo ele, reflete a importância que se dá neste país à participação da mulher na economia.
Ele ressaltou que o Egito realizou grandes progressos na área econômica, conseqüências do processo de reforma econômica em vigor. “As reformas contribuíram para um aumento de 5% na taxa de crescimento econômico do país desde 2001 e para um aumento notável no fluxo de investimentos, que chegaram no decorrer dos últimos anos US$ 27 bilhões. Isso sem falar da diminuição do desemprego, que passou de 14% para 10%”, disse Gurria.
O secretário-geral da OCDE pediu aos países da região que estimulem investimentos e contribuam para a inclusão das mulheres e dos jovens. Isto com o objetivo de criar um clima adequado e saudável onde se explore uma mão-de-obra talentosa e qualificada, o que constitui um fator fundamental para o crescimento econômico.