São Paulo – Há sete anos apostando em roupas com design diferenciado e tecidos tecnológicos, a Insider conta com uma base de 600 mil clientes no Brasil e hoje exporta para 50 países. Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Arábia Saudita são as três nações árabes que já compraram peças da empresa brasileira.
Apesar de ter uma presença mais tímida em solo árabe, quando comparada com outros países como Estados Unidos, existe um plano da marca para expandir os negócios no Oriente Médio.
“As nossas roupas são tecnológicas e têm o objetivo de se adaptar às necessidades dos clientes. Temos peças de secagem rápida, de absorção de suor e com um controle térmico maior. Por isso, elas acabam sendo ótimas para serem usadas em países quentes, como os árabes. Com isso em mente, estamos pensando em aumentar as vendas por lá”, explica Yuri Gricheno, cofundador da Insider.
Preparada, a marca brasileira conta com um site com todas as informações em inglês, facilitando a compra das peças por qualquer pessoa de qualquer lugar. Além disso, existe um investimento do marketing direcionado para atender os clientes internacionais.
De acordo com Yuri, árabes também são compradores, mas os brasileiros vivendo em países árabes lideram as vendas da empresa, quando falamos de Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Arábia Saudita.
“Existem brasileiros vivendo nesses países que compram e também brasileiros que compraram nossas peças para usarem nos destinos durante as férias. Inclusive temos relatos de clientes que contam como suas experiências foram ricas quando levaram os produtos da Insider.”
Depois do Brasil, Estados Unidos, Portugal, Canadá, Austrália e Alemanha aparecem como maiores compradores das peças da Insider no mundo. Apesar de existir desde 2017, as vendas para fora do País só começaram em 2022, quando a marca já estava consolidada em território nacional.
Mesmo tendo planos para crescer, as exportações começaram por necessidade de consumidores brasileiros, que viviam nos Estados Unidos, e não por ação direta da empresa. Acostumados com a marca no Brasil, os brasileiros começaram a comprar as peças enquanto moravam fora.
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Atualmente a empresa conta com 120 funcionários, terceiriza a área de distribuição e tem planos para fazer com que as exportações aumentem. “Não pensamos em construir sedes da Insider em outros países, mas olhando para a necessidade dos nossos clientes, queremos no futuro ter alguns pontos de distribuição em outras nações para facilitar a experiência do cliente, fazendo com que ele compre de forma mais rápida, prática e efetiva”, diz Yuri.
História da marca
A ideia de criar a empresa, de acordo com Yuri, foi motivada por uma necessidade do dia a dia. Ele queria ter uma camiseta que pudesse usar debaixo da camisa e ajudasse a segurar o suor. Quando não achou essa solução no mercado, decidiu criá-la junto com a sua sócia Carolina Matsuse. A tech t-shirt, peça que começou a ser vendida em 2017, diferentemente do que os donos da Insider poderiam imaginar, virou um sucesso de vendas.
“O nosso objetivo com a criação da Insider era tentar trazer uma transformação no mercado da moda a partir de roupas funcionais tecnológicas e sustentáveis. Começamos com um único produto, uma única necessidade, um público, e ao longo do tempo a gente foi ampliando”, explica o cofundador da empresa.
Peças tecnológicas
A expansão orgânica foi tanta que hoje são 88 produtos oferecidos. A maioria das peças são femininas, mas também há masculinas e unissex. O carro-chefe continua sendo a t-shirt, que já deixou de ser apenas aquela peça para usar debaixo da camiseta, para se tornar uma peça que pode ser usada sozinha, em qualquer ocasião.
Além das camisetas de manga curta, o consumidor masculino pode comprar camisetas de manga longa, casacos, moletons, meias, shorts, calças e cuecas. As consumidoras têm diversas opções de peças que vão de tops esportivos até saias, bodies, lingerie e roupas de praia.
Para dar conta de segurar o suor de uma forma que clientes consigam usar a mesma peça diversas vezes sem ficar com odor forte, a empresa investiu em tecnologia e tecidos diferenciados. “Feitas com fibras de celulose, modal e poliamida, matérias-primas mais sustentáveis e funcionais do que o algodão ou poliéster, e uma tecnologia chamada de phase change material, as nossas peças fazem com que o calor evapore mais rápido. Com isso, o corpo fica pelo menos dois graus mais fresco no calor.”
Reportagem de Rebecca Vettore, especial para a ANBA.