Da redação
São Paulo – A Indústria de Alimentos Nilza, produtora de leite UHT, vai destinar R$ 25 milhões para implantar uma unidade industrial no município de Alfenas, em Minas Gerais. A fábrica será instalada até a metade do ano que vem em um terreno de 50 mil metros quadrados, com área construída de 20 mil metros quadrados.
As informações foram repassadas ao governo do estado de Minas Gerais pelo diretor presidente da Nilza Alimentos, Adhemar de Barros Neto, e o diretor administrativo e financeiro, Luiz Jayme Vasconcellos Filho. A planta vai produzir 20 derivados de leite, entre os quais creme de leite, queijo, manteiga, requeijão, leite em pó, soro de leite em pó, leite condensado, leite evaporado e bebida láctea.
A idéia é destinar a produção para o mercado interno, principalmente o mineiro e o fluminense, e também para o Mercosul. Atualmente, a empresa mantém sua produção em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A expectativa é de que na nova unidade sejam criados 350 novos empregos diretos e entre 1 mil e 1,5 mil indiretos.
"Atualmente, captamos 130 mil litros de leite por dia em Minas Gerais. Com a fábrica, nossa captação será de 500 mil a 700 mil litros de leite, abrangendo mais de 100 cidades", explicou Adhemar de Barros Neto. Quando estiver em pleno funcionamento, o que deve acontecer em três anos, a unidade mineira terá capacidade instalada de processamento de 15 milhões de litros por mês de leite.
"É o primeiro passo para levar a empresa a atuar em outro estado com processamento de leite. Escolhemos o Sul de Minas não só pela quantidade de leite, mas também pela qualidade da matéria-prima disponível, além da mão-de-obra capacitada", disse o diretor presidente. A Nilza é líder no mercado paulista de leite UHT.
Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil e conta com o terceiro maior rebanho do país. A produção de 7,2 bilhões de litros de leite por ano corresponde a um terço do que é produzido em todo o país. O Estado registrou um crescimento de 202% nas exportações de leite e laticínios em 2007 em relação a 2006.