Emirates News Agency*
Dubai – O mercado de diamantes nos Emirados Árabes Unidos está em franca expansão. As exportações e reexportações feitas pelo país cresceram 26% no ano passado e renderam US$ 1,5 bilhão contra US$ 1,19 bilhão em 2003.
As importações de diamantes brutos, por sua vez, somaram US$ 871 milhões em 2004 ante US$ 572 milhões no ano anterior. A participação do país no mercado mundial continua a crescer, principalmente após a abertura da Bolsa de Diamantes de Dubai (DDE, na sigla em inglês), que deu um grande impulso ao mercado.
Segundo o presidente da DDE, Tawfique Abdullah, a inauguração da bolsa, que é vinculada ao Centro de Metais e Commodities de Dubai, foi mais um passo na direção de transformar o emirado em um centro de excelência do mercado de diamantes.
"A DDE abriu muitas oportunidades para comerciantes de diamantes locais, regionais e internacionais. Com nossas ações específicas para a indústria, Dubai vai certamente facilitar a realização de mais negócios no setor", disse Abdullah.
O executivo acredita também que a implementação do Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (SCPK) ajudou a melhorar o comércio de diamantes no país. Os Emirados foram o primeiro país árabe a implementar o SCPK.
Processo de Kimberley
O Processo de Kimberley é uma iniciativa conjunta entre governos, a indústria internacional de diamantes e a sociedade civil para reduzir o comércio de diamantes extraídos em zonas de conflito. É um processo voluntário que impõe restrições aos participantes e requer a certificação de todos as remessas de pedras.
O Processo de Kimberley é utilizado pelos 44 países membros, entre eles a Comunidade Européia (que conta como um membro), Brasil, Canadá, Estados Unidos e Japão, e cobre aproximadamente 99,8% da produção global de diamantes brutos.
Pelo Processo de Kimberley os países participantes são obrigados a executar auditorias regulares para examinar todos os diamantes brutos que passam pelo mercado e verificar se eles têm origem legítima. Uma equipe especializada trabalha junto às alfândegas para impedir que pedras "sujas", procedentes de áreas de conflito, entrem na cadeia de produção de jóias.
*Tradução de Mark Ament com informações da redação da ANBA