São Paulo – A balança comercial brasileira poderá ter, este ano, um superávit entre US$ 15 bilhões e US$ 16 bilhões. A previsão é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. “Embora a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) não faça previsão de superávit na balança comercial, eu vou fazer: teremos entre US$ 15 bilhões e 16 bilhões, o que é excelente em relação ao que fizemos num ano imediatamente posterior à grande crise”, disse hoje (27), em São Paulo.
De janeiro até a semana passada, o saldo acumulado foi de US$ 14,463 bilhões, resultado de exportações de US$ US$ 158,779 bilhões e importações de US$ 144,316 bilhões, de acordo com a Secex. Esta semana, o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, ampliou a expectativa das vendas externas brasileiras de US$ 180 bilhões para US$ 195 bilhões em 2010.
Segundo Jorge, o problema da desvalorização do dólar é uma questão importante e vai exigir avanços em todo o mundo. Para ele, a indústria brasileira tem se mostrado competente para enfrentar essa dificuldade, que atinge principalmente as exportações. Ela tem, no entanto, se beneficiado com as importações.
“Temos que considerar também que a indústria brasileira tem se beneficiado muito das importações, porque são, em cerca de 80% delas, importações de insumos e de máquinas e equipamentos que ajudam não só a competitividade como também a produtividade e a modernização do todo”, afirmou.
De acordo com o ministro, a reclamação da indústria automobilística sobre a desvalorização cambial é sem sentido. “A indústria automobilística está reclamando, mas eu não sei porque, já que 68% das importações são feitas pela indústria automobilística. Se ela parar de importar, teremos uma redução de 68% na importação de carro no Brasil”, disse Jorge, que já foi executivo do setor.
Em discurso durante a abertura do São do Automóvel, em São Paulo, o ministro destacou que um dos principais desafios para o setor automobilístico nacional será o de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e melhorar a queima de combustíveis. "Nos próximos anos, um grande desafio da indústria será desenvolver melhores sistemas de propulsão", afirmou.
O Salão ocorre até o dia 07 de novembro no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Participam 42 diferentes marcas de veículos nacionais e importados.
*Com informações da redação da ANBA