Agência Brasil
Brasília – A maior produtividade do mundo na exploração de camarão marinho, que chega a seis toneladas por hectare ao ano é do Nordeste brasileiro. O desempenho se deve a condições climáticas favoráveis e à existência de tecnologia própria e domínio do ciclo reprodutivo das espécies.
Outros fatores que contribuem para a carcinicultura no estados nordestinos são a disponibilidade de extensas áreas costeiras, cerca de 300 mil hectares, apropriadas ao cultivo, a possibilidade de obtenção de 2,5 safras por ano com sistema monofásico, a regularidade da oferta e a tendência do mercado internacional pelo camarão de menor porte.
As informações estão no estudo Perspectivas para o Desenvolvimento da Carcinicultura no Nordeste Brasileiro, publicado nesta semana pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Banco do Nordeste. O documento destaca ainda as excelentes condições para a produção de artêmia – insumo imprescindível para a produção de pós-larva de camarão e que tem seu preço no mercado internacional cotado entre US$ 120 e US$ 150 o quilo – e o fato de várias empresas produtoras de camarão no Nordeste instalarem suas próprias larviculturas, aumentando a produção de pós-larva e contribuindo para a redução do custo desse insumo.