Rio de Janeiro – Assim como seus vizinhos no Oriente Médio, Omã tem projetos de produção de energia limpa. No entanto, de acordo com seu ministro do Meio Ambiente e dos Assuntos Climáticos, Mohammed Bin Salim Bin Said Al Tobi, o país depende da exploração do gás. Além de principal fonte de energia, o recurso é a maior fonte de renda local.
Segundo Tobi, Omã tem projeto de construção de um parque solar e outro projeto de parque eólico. Uma instalação de painéis solares já produz energia, mas ainda em quantidade pequena. O país tem ainda um plano de gerar energia a partir do lixo e apoiou, junto com a Liga dos Estados Árabes, as propostas do G77, grupo de países pobres e emergentes, na Rio+20. Uma das sugestões, que não foi incluída no documento final da conferência, era criar um fundo de US$ 30 bilhões a partir de 2013 para financiar projetos sustentáveis em nações em desenvolvimento.
Tobi lamentou nesta sexta-feira (20), no Rio, que a proposta não tenha sido aceita pelos países ricos. “A falta de um financiamento para projetos em desenvolvimento sustentável demonstra a falta de compromisso por parte dos [países] industrializados, que é provocada pela crise econômica e os impede de adotar medidas nesta área.”
O ministro observou, porém, que o custo do desenvolvimento e implantação de usinas eólicas ou solares é elevado. “Um país rico em recursos naturais sempre vai usar o que tem. No entanto, Omã sempre considera investir em energias renováveis para utilizá-la em alguns setores da sua economia, principalmente na área industrial”, disse. Em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) do país somou US$ 57,8 bilhões. Desse total, 33% vieram da produção de hidrocarbonetos.
Em seu discurso na plenária da Rio+20, Tobi afirmou que Omã está “ansioso pela decisão histórica que será adotada neste encontro”. Também afirmou que nenhum projeto começa a ser implantado em Omã sem antes considerar os impactos que terá no meio ambiente e na vida da população.