São Paulo – O ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad Al-Malki, assinou acordo de livre comércio do seu país com o Mercosul nesta terça-feira (20), em Montevidéu, no Uruguai, na cúpula de chefes de estado do bloco. Pelo Mercosul, assinaram o tratado os chanceleres Antonio Patriota, do Brasil, Luis Almagro, do Uruguai, Jorge Lara Castro, do Paraguai, e Héctor Timerman, da Argentina.
De acordo com notícias publicadas na imprensa, técnicos brasileiros estimam que há um potencial de US$ 200 milhões de comércio entre o Brasil e a Palestina. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, destacou que o acordo representa equilíbrio nas relações comerciais com a comunidade árabe, já que o País fechou acordo semelhante com Israel no primeiro semestre deste ano.
O tratado permite que os países do Mercosul exportem para a Palestina com tarifas reduzidas de comércio e a nação árabe poderá vender para o bloco nas mesmas condições. Atualmente, a principal demanda dos palestinos é por produtos manufaturados, segundo o Itamaraty. Segundo o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Al-Zeben, no entanto, o país precisa principalmente de alimentos. Já a Palestina pode exportar para o Brasil artesanato religioso, azeite e mármore.
A Palestina tem acordo de livre comércio com os países árabes e com a União Europeia. Entre janeiro e novembro deste ano, o Brasil exportou US$ 14,2 milhões em produtos para a Palestina e, no mesmo período, importou US$ 17 mil. As exportações brasileiras incluíram produtos como carnes bovinas, arroz, gomas de mascar, doces, bolachas e citrato de orfenadrina, que é um fármaco.