Alexandre Rocha
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São Paulo – Mais do que crescer, o comércio entre o Brasil e os países árabes se diversificou em 2007. O Brasil exportou para a região 2.253 produtos diferentes no ano passado, ante 2.099 em 2006, um aumento de 7,34%. Já o número de itens comercializados pelos países árabes passou de 654 para 783, um crescimento de quase 20%.
“Este é um trabalho da Câmara que tem sido bem sucedido: a diversificação dos produtos exportados”, disse o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Antonio Sarkis Jr. “O agronegócio brasileiro, por exemplo, já é importante para os árabes, é constatado e conhecido. Mas procuramos trabalhar também para colocar no mercado produtos manufaturados”, acrescentou.
Os produtos do agronegócio – básicos, semimanufaturados e manufaturados – responderam por 66% das exportações brasileiras aos árabes em 2007. Mesmo nesta seara a entidade atua para ampliar as vendas de mercadorias com maior valor agregado, como alimentos industrializados.
Os principais destinos das exportações brasileiras em 2007 foram a Arábia Saudita, que importou o equivalente a US$ 1,4 bilhão, o Egito, cujas importações somaram US$ 1,2 bilhão, os Emirados Árabes Unidos (US$ 1,2 bilhão), a Argélia (US$ 501 milhões) e o Marrocos (US$ 438 milhões).
Os maiores fornecedores do Brasil no ano passado foram Argélia, que exportou o equivalente a US$ 2,2 bilhões, Arábia Saudita, cujas exportações somaram US$ 1,7 bilhão, a Líbia (US$ 992 milhões), o Marrocos (US$ 553 milhões) e os Emirados (US$ 320 milhões).
Além da diversificação de produtos, a Câmara Árabe quer também ampliar a participação brasileira em outros mercados árabes, como Omã e Iêmen. De acordo com a entidade, é esperada a aceleração do crescimento e das exportações do Iêmen.
Omã, por sua vez, já apresenta demanda forte por diversos produtos e tem em andamento vários projetos nos ramos de turismo e construção. Só para se ter uma idéia, as exportações do Brasil para Omã renderam US$ 93,5 milhões em 2007, um aumento de 57% em comparação com 2006.
