São Paulo – Um projeto do Rio de Janeiro vai ajudar a colocar no mercado empresas que trabalham com tecnologia para a produção de petróleo e gás. No ano que vem começa a funcionar, na Incubadora de Empresas da Coordenação dos Projetos de Pós Graduação de Engenharia (Coppe) da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), um programa voltado exclusivamente ao setor. Segundo a gerente da Incubadora, Regina Fátima Faria, farão parte do projeto empresas de tecnologia para petróleo e gás recém criadas ou em criação.
Nesse perfil se encaixam, por exemplo, desde empresas que trabalham com tecnologia sísmica até instrumentação. “Podem ser empresas que já existem, mas de forma embrionária e que estão com dificuldade de desenvolvimento”, explica Regina. Um dos requisitos para integrar o projeto é o grau de inovação da proposta. A incubadora vai, segundo Regina, ser um lugar no qual profissionais com conhecimento técnico receberão apoio na área de negócios para levar adiante as suas empresas.
O edital de seleção para o programa será aberto ainda neste ano para que o trabalho comece já no ano que vem. Serão levados em conta, para a seleção dos projetos, o grau de inovação das empresas, a capacidade técnica do grupo responsável, a viabilidade econômica da proposta e a possibilidade de integração com a UFRJ. Normalmente, a incubadora é procurada por alunos da própria instituição, de áreas como engenharia, interessados em abrir os seus empreendimentos com o conhecimento científico oriundo dos estudos.
O programa para empresas de petróleo, que vem sendo chamado de Incubadora do Petróleo, terá uma estrutura específica dentro do Parque Tecnológico do Rio de Janeiro, no qual já fica a Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia, vai destinar R$ 3 milhões para a primeira etapa da construção do local. O prédio terá 2,7 mil metros quadrados e capacidade para receber até 25 empresas. Na primeira fase será feito o primeiro andar, com oito módulos industriais.
O Parque Tecnológico do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão, onde está o campus da UFRJ, começou a funcionar há cerca de três meses. Ainda há, porém, obras em andamento. Quando estiver pronto, a expectativa é que comporte 220 empresas e laboratórios de base tecnológica. O projeto foi concebido pela UFRJ, em parceria com a Prefeitura do Rio, com apoio do Fundo Verde e Amarelo. A Petrobras e o Ministério de Ciência e Tecnologia vão investir R$ 30 milhões no projeto por meio dos fundos setoriais operados pela Finep.