São Paulo – A rodada de negócios realizada pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) durante a feira Rio Oil & Gas realizada entre 15 e 18 de setembro no Rio de Janeiro, indica que a demanda por produtos e serviços no setor deverá crescer nos próximos anos.
A quantidade de empresas âncoras que participaram das negociações na terça-feira (16) e na quarta-feira (17) foi maior do que o planejado e superou as expectativas da organização do evento, afirmou à ANBA nesta sexta-feira (19), o superintendente da ONIP, Bruno Musso.
Empresas âncoras são as grandes produtoras de um mercado que precisam de produtos e serviços oferecidos por pequenas e médias companhias. Por exigência legal, as empresas produtoras da cadeia de petróleo devem utilizar equipamentos que tenham um percentual de conteúdo local. Esse percentual pode variar de 37% em exploração em águas profundas a 85% em desenvolvimento em terra.
“Mais do que mostrar o momento do setor, as rodadas de negócios realizadas neste ano são reflexo do que ainda está por vir. As empresas vão demandar quase tudo nos próximos anos”, afirmou Musso. Ele observou, porém, que a próxima edição da Rio Oil & Gas será em 2016 e que é difícil prever hoje o desempenho do setor no futuro.
As grandes produtoras que participaram das rodadas buscaram, com os fornecedores pequenos e médios, atender à exigência de utilizar produtos e serviços com conteúdo local. “As empresas âncoras podem nas rodadas de negócios se reunir com companhias brasileiras para (com estes produtos) aumentar o conteúdo local deles e chegar a fornecedores que às vezes não tinham identificado antes ou encontrar melhores condições, preços, prazos de entrega. Para os fornecedores, é a oportunidade de falar com empresas de médio e grande porte”, afirmou Musso. Ele disse que a Onip e o Sebrae buscaram colocar pequenos fornecedores em contato com grandes empresas e incentivar as companhias nacionais.
Na rodada de negócios realizada nesta edição da Rio Oil & Gas ocorreram 828 reuniões com 176 fornecedores e 38 empresas âncoras. A expectativa divulgada pelas empresas âncoras é de realização de negócios que gerem faturamento de R$ 164 milhões nos próximos 12 meses.
“Foi a melhor rodada de negócios que tivemos. Não esperávamos esse número de empresas âncoras”, disse Musso. Na última edição da Rio Oil and Gas, realizada em 2012, houve 28 empresas âncoras na rodada de negócios. “Pensávamos que seria como em 2012, mas o mercado se mostrou mais aquecido”, observou.