Omar Nasser, da Fiep*
Curitiba – A indústria nacional de madeira faturou US$ 8,1 milhões com exportações para os países árabes no primeiro trimestre deste ano. O valor representa 23% dos US$ 35,5 milhões vendidos em todo o ano passado.
Os empresários acreditam que há potencial para aumentar esses valores em função da demanda que a região, principalmente o Oriente Médio, oferece. "A tendência é que os empresários aumentem seus negócios com o Oriente Médio", afirma o vice-presidente de desenvolvimento da Associação Brasileira de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Luiz Carlos Reis de Toledo Barros.
Os principais clientes do setor no mundo árabe no ano passado foram o Marrocos (US$ 14 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 7,8 milhões), Arábia Saudita (US$ 6 milhões) e Egito (US$ 2,3 milhões). Toledo Barros afirma que atualmente as melhores oportunidades para o setor estão no Oriente Médio e Ásia.
Ainda há uma dependência muito grande do segmento, porém, em relação a mercados considerados tradicionais, como Europa e Estados Unidos. A redução da demanda nestas regiões, contudo, está levando a indústria nacional a buscar alternativas de comercialização.
"Algumas indústrias já estão conseguindo marcar posição em mercados menos tradicionais mas com forte potencial de crescimento, como Arábia Saudita e Egito", afirma.
O setor de base florestal, no Brasil, é diversificado. Inclui a madeira processada mecanicamente e os produtos dela derivados, como painéis e laminados, madeira serrada, compensados, pisos, molduras, componentes e portas.
Além da diversificação, as empresas têm investido em tecnologia e aprimorado a qualidade. Em 1999 a Abimci lançou o Programa Nacional de Qualidade da Madeira. Em abril do ano passado entrou em vigor o selo de conformidade europeu CE Marking.
A Abimci representa 165 indústrias no Brasil, das quais 51 estão no Paraná. Em todo o país a cadeia produtiva do setor de madeira sólida emprega 2,5 milhões de pessoas.
*Federação das Indústrias do Estado do Paraná