São Paulo – A Tunísia adotou na última terça-feira (25) uma série de medidas para ampliar o fornecimento de água e aprovar um marco regulatório que determine a gestão dos recursos hídricos no país. As medidas foram divulgadas pela agência de notícias estatal TAP após uma reunião de gabinete ministerial comandada pelo primeiro-ministro, Kamel Madouri.
Entre as medidas adotadas no encontro, estão submeter uma versão final do Código de Águas para o Conselho de Ministros. O atual Código de Águas data de 1975 e precisa ser atualizado para que seja condizente com as demandas atuais e adaptado às mudanças climáticas, de acordo com análise do ministro da Agricultura, Recursos Hídricos e Pesca, Ridha Kabbouj.
A infraestrutura do setor deverá receber investimentos neste ano para concluir as construções das barragens de Mellègue e Douimiss, e dos reservatórios de Kalaa Kebira e Said. Além disso, duas outras barragens, de Raghai e Kalled, deverão começar a ser construídas. Serão também repassados recursos para a construção de poços com mais de mil metros de profundidade nas províncias de Kef e Nabeul.
Estão previstas as construções de 127 estações de tratamento para garantir o fornecimento de água potável e seu uso para a agricultura e 61 estações para produção de água para irrigação de lavouras. Uma usina de dessalinização será concluída na cidade de Sousse, em outra fonte de fornecimento de água. Outras sete unidades do tipo estão previstas no país.
No mesmo em dia em que o gabinete ministerial se reuniu, o presidente da Tunísia, Kais Saied, recebeu no Palácio Presidencial de Cartago, o primeiro-ministro e o ministro da Agricultura. Ele cobrou medidas para a adoção do marco regulatório que atenda às demandas do povo e criticou o sistema de fornecimento de água de algumas barragens.
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