São Paulo – A Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) admitiu nesta segunda-feira (31), em Paris, a Palestina como seu membro pleno. Foram 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções, segundo comunicado da agência da ONU.
O plenário seguiu recomendação do Conselho Executivo da organização, que no dia 05 de outubro sugeriu a inclusão da Palestina. O pedido de admissão faz parte da estratégia da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de buscar o reconhecimento total do Estado Palestino pela ONU, conforme requerimento apresentado pelo presidente da ANP, Mahmoud Abbas, ao Conselho de Segurança, em setembro.
De acordo com a Unesco, como a Palestina ainda não é um membro pleno da ONU, foi necessária a recomendação do Conselho Executivo e a aprovação de pelo menos dois terços da Conferência Geral, considerando-se apenas os votos dos presentes e excetuando-se as abstenções. Os Estados Unidos votaram contra, pois, assim como Israel, o país se opõe à estratégia palestina de buscar o reconhecimento na ONU. Os EUA têm direito a veto no Conselho de Segurança.
Para que a decisão entre em vigor, os palestinos precisam ratificar a Constituição da Unesco. Feito isso, o país se tornará o 195º membro da organização.
O Brasil, que votou a favor do pedido, comemorou. "O Governo brasileiro felicita a Palestina por sua admissão como membro pleno Unesco", diz comunicado do Itamaraty. Segundo o ministério das Relações Exteriores, é a primeira agência da ONU a admitir a Palestina como membro pleno.