São Paulo – A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) vai ajudar o Egito a construir um museu subaquático. O museu ficará na baía de Alexandria, onde foram encontrados importantes vestígios arqueológicos do palácio de Cleópatra e do Farol de Alexandria, conhecido como Faros.
A informação foi publicada no site das Nações Unidas (ONU) do Brasil. A Unesco estabeleceu um comitê consultivo internacional para colaborar na criação do museu. De acordo com a ONU, ele deve ser o primeiro do gênero no mundo. Parte da estrutura ficará dentro da água e parte na superfície.
Os visitantes poderão ver, na parte submersa, vestígios arqueológicos. Também obras resgatadas de dentro das águas daquela baía ficarão expostas na superfície, em um espaço feito especialmente para isso. O diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, afirma que o projeto vai aumentar a apreciação da herança cultural subaquática e elevar a consciência sobre a necessidade de protegê-la de saques.
De acordo com Matsuura, até a convenção da Unesco sobre a proteção do patrimônio cultural entrar em vigor, não há nenhuma lei internacional específica que evite a ação de caçadores de tesouros. Um total de 18 países já ratificou a convenção, mas para que ela entre em vigor são necessárias ratificações de 20 países.
Na baía de Alexandria cientistas encontraram cerca de dois mil objetos, entre esfinges, estátuas, obeliscos e colunas. Eles estão a cerca de oito metros de profundidade no Mar Mediterrâneo. Vestígios do Farol de Alexandria e do palácio de Cleópatra foram encontrados submersos no mar.
O Farol de Alexandria foi construído no século III antes de Cristo e servia como um marco da entrada do porto de Alexandria inicialmente. O palácio de Cleópatra foi construído pela rainha egípcia durante o seu reinado, que terminou em 30 a.C.