São Paulo – O Clube de Negócios do World Trade Center (WTC) de São Paulo vai promover nesta terça-feira (30) o seminário “Oportunidades de Negócios nos Emirados Árabes”. O evento vai ocorrer a partir das 08 horas no hotel Sheraton da Marginal Pinheiros, na zona sul da capital paulista, e pretende reunir de 80 a 100 empresários e executivos que atuam na área de comércio exterior.
O objetivo do seminário, segundo a organização, é preparar uma missão empresarial a Dubai para participar da Assembléia Geral da Associação de WTCs, que vai ocorrer entre os dias 07 e 10 de novembro.
Este ano o encontro, que reúne WTCs do mundo todo, terá como tema “As mulheres como líderes dos negócios internacionais”. O WTC paulista pretende levar de 30 a 40 executivos brasileiros de diversos setores para os Emirados.
Vão participar do seminário o presidente do Conselho Consultivo do WTC-SP, Ozires Silva, ex-presidente da Varig, Embraer e Petrobras e ministro da Infra-Estrutura no início dos anos 90, no governo de Fernando Collor de Mello; o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby; o diretor da Emirates Airline no Brasil, Ralf Aasmann; Gilberto Lima, da Agência de Promoção das Exportações e Investimentos do Brasil (Apex); Bruno Bomeny, presidente do Clube de Negócios do WTC; e o presidente da Federação Nacional das Associações de Dirigentes de Vendas e Maketing, Agostinho Turbian.
Alaby vai falar sobre o cenário político, fiscal e legal dos Emirados. “A idéia é dar uma visão mais econômica, não só comercial”, disse. “Vou dizer como funciona o sistema de impostos, como é o ambiente para investimentos, a necessidade ou não de ter um sócio local, das zonas francas; e também o que falta para eles investirem mais aqui no Brasil”, acrescentou. A organização espera que após o seminário os empresários saibam o que é preciso para entrar no mercado do país árabe.
Comércio
Segundo levantamento feito pelo Departamento de Desenvolvimento de Mercados da Câmara Árabe, os principais produtos importados pelos Emirados são eletrônicos, máquinas, pedras e metais preciosos, veículos e autopeças, que juntos representam 45% das compras externas do país.
As exportações do Brasil aos Emirados renderam US$ 816 milhões entre janeiro e agosto deste ano, um aumento de 7,15% em comparação ao mesmo período de 2007. Os principais itens embarcados foram carne de frango, vergalhões, aviões, caminhões, carne bovina, máquinas e equipamentos, açúcar, chapas e tiras de alumínio, autopeças e ovos.
O relatório da Câmara informa que o Brasil produz várias das mercadorias importadas pelo país árabe, mas o comércio bilateral ainda está abaixo do seu potencial, uma vez os Emirados, além de comprar para consumo próprio, atuam como pólo de reexportação para outras nações da região e de fora dela.
Já as importações brasileiras dos Emirados somaram US$ 374 milhões nos oito primeiros meses do ano, um crescimento de 83,41% sobre o mesmo período de 2007. As mercadorias mais comercializadas foram querosene de aviação (US$ 324,5 milhões), minérios aglomerados, roupas e outras confecções, itens de polietileno e resíduos de alumínio.
Segundo o estudo, o país importa de tudo, sendo que as maiores oportunidades de negócios para as empresas brasileiras estão em setores como o de alimentos, construção, moda e bens de capital. O Produto Interno Bruto (PIB) dos Emirados chegou a US$ 227,5 bilhões no ano passado, segundo estimativa da Economist Intelligence Unit (EIU), com um crescimento real de 7,4% sobre 2006. O PIB per capita atingiu US$ 41,4 mil.
Mais informações sobre o seminário
Clube de Negócios do WTC
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