São Paulo – A Argélia quer atrair empresas farmacêuticas brasileiras para produzir em seu território e também realizar transferência de tecnologia. A informação é de Djamel Bennaoum, embaixador argelino em Brasília, que visitou a sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, nesta terça-feira (16).
"Uma grande parte dos medicamentos na Argélia é importada, então, este setor tem grandes perspectivas", destaca Bennaoum. "As duas opções são muito interessantes, a de produzir localmente e também a de cooperação e parceria técnica com empresas argelinas para transferir tecnologia de produção", afirmou.
Em sua visita à Câmara Árabe, Bennaoum encontrou-se com um representante da EMS, uma das principais empresas farmacêuticas do Brasil. "A conversa foi muito interessante. A força deste setor (de medicamentos) brasileiro não é conhecida na Argélia", ressaltando que o mesmo ocorre na outra via, com desconhecimento, no Brasil, do potencial deste setor na Argélia. Atualmente, os argelinos importam 60% dos remédios que consomem.
"Eu sugeri a ele conhecer este setor na Argélia, contatar as empresas, estudar o mercado e ver o que pode propor", conta o embaixador. Bennaoum diz seu país tem interesse em diversos tipos de medicamentos, mas destacou os de uso contínuo, antibióticos e também os utilizados em hospitais.
Hoje, nenhuma empresa brasileira exporta medicamentos para a Argélia. Os principais fornecedores de remédios para o mercado argelino são países como França, Jordânia e Arábia Saudita.
Educação e saúde
Na manhã desta terça, Bennaoum reuniu-se com Antônio Roque Dechen, vice-reitor executivo da Universidade de São Paulo (USP) para discutir a possibilidade de cooperação da instituição paulista com universidades argelinas.
O embaixador também irá se encontrar com representantes do Hospital Sírio-Libanês para falar de cooperação na área de saúde com seu país. Bennaoum fica em São Paulo até quarta-feira (17).