São Paulo – Após o segundo aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações estrangeiras em renda fixa, desta vez de 4% para 6%, finalmente o dólar começou a se valorizar no mercado brasileiro. No começo do mês, o tributo havia subido de 2% para 4%, mas com pouco efeito no mercado. Nesta quinta-feira (21), a moeda norte-americana se valorizou 1,19% e ficou em R$ 1,695, após recuar a R$ 1,66 na quinta-feira da última semana.
No começo da tarde desta sexta-feira (22), o dólar se mantinha na casa dos R$ 1,695, com declínio de 0,70% sobre a cotação da quinta-feira. As medidas anunciadas no começo da semana, para conter a queda do dólar e manter as exportações brasileiras competitivas, incluíram também o aumento do IOF de 0,38% para 6% sobre a margem de garantia para investimentos estrangeiros no mercado futuro.
O mercado, porém, ainda mantém um certo nervosismo por temor de que o Ministério da Fazenda adote novas medidas para conter a valorização do real, com aumento do IOF para aplicações estrangeiras em renda variável. Isso significaria inibir os ganhos de investidores estrangeiros nas bolsas de valores. O Banco Central também vem comprando dólares no mercado à vista para diminuir o impacto da forte entrada da moeda no Brasil.
Segundo declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a desvalorização do dólar também é reflexo de um movimento mundial, com países tentando desvalorizar suas moedas para manter seus produtos competitivos no mercado internacional. Essa guerra cambial mundial será um dos temas da reunião dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais dos países do G-20, que começou nesta sexta-feira na Coreia do Sul.