Algérie Presse Service*
Londres – A maior mineradora do mundo, a australiana BHP Billiton, está negociando com duas petrolíferas internacionais, a estatal norueguesa Statoil e a sul-africana PetroSA, a criação de um consórcio para participar em uma licitação para a construção de uma planta GTL (gas to liquid) na Argélia. O GTL é um processo de transformação do gás natural em combustíveis líquidos. O investimento previsto é de US$ 3 bilhões, segundo relatório do escritório de pesquisa britânico Oxford Business Group (OBG).
A licitação, aberta em abril de 2005, diz respeito à construção da planta GTL de Arzew e converterá o gás produzido no campo de Tinhert em combustíveis líquidos. O campo, localizado no sul da Argélia, tem reservas de gás comprovadas entre 80 e 90 bilhões de metros cúbicos, espalhados em 17 campos de gás e 14 campos petrolíferos (sete novos e sete em produção). A petrolífera argelina Sonatrach deve ter participação entre 30% e 35% no projeto.
O consórcio destas três empresas foi um dos três pré-qualificados pela Sonatrach para construir a planta que deve produzir 34 mil barris ao dia, segundo informa a OBG em seu relatório semanal sobre a Argélia.
O envolvimento da Statoil neste projeto ocorre apó a assinatura de um memorando de entendimento entre as petrolíferas norueguesa e argelina em agosto de 2005, em que as empresas mostravam interesse em cooperação em projetos petrolíferos na Noruega e em outras partes do mundo, em troca de investimento da norueguesa nas grandes reservas de gás natural da Argélia.
A tecnologia GTL converte gás rico em metano em combustíveis de alto valor que são de fácil transporte e venda. A grande vantagem oferecida pela Argélia, segundo a OBG, é sua proximidade com o mercado da União Européia, seu maior parceiro. Outra vantagem é que a nova planta de GTL produzirá óleo diesel com baixos teores de enxofre, o que atende à exigente legislação ambiental européia.
*Tradução de Mark Ament

