São Paulo – O Brasil é o terceiro país mais empreendedor entre os integrantes do G-20, grupo das 20 maiores economias do mundo. O dado faz parte da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2008), divulgada ontem (17) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com informações publicadas na Agência Sebrae de Notícias, o Brasil fica atrás apenas da Argentina e do México.
A taxa de empreendedorismo na Argentina é de 16,5%, a do México de 13,1% e a brasileira de 12,02%. O percentual se refere a quanto por cento da população adulta desenvolve atividade empreendedora. O G-20 é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia, Reino Unido, EUA e União Européia.
Não participaram do levantamento, porém, Austrália, Canadá, China, Indonésia, Arábia Saudita e União Européia. Os integrantes do G-20, juntos, representam cerca de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) global e respondem por 80% do comércio internacional. Eles abrigam 81,24% das pessoas empreendedoras do mundo, de acordo com a Agência Sebrae. Na pesquisa, os países considerados mais desenvolvidos apresentam empreendedorismo mais baixo que os países com desenvolvimento relativamente menor.
A pesquisa avaliou os países do G-20, mas também faz uma avaliação mais ampla, de 43 países. No mundo, a Índia é o país com a maior volume de pessoas empreendedoras e números absolutos: 76,04 milhões. Em seguida vêm os Estados Unidos, com 20 milhões e, em terceiro, o Brasil, com 14,6 milhões. Por características do próprio povo, os EUA são o único país desenvolvido que figura entre os cinco primeiros em número de empreendedores. Na outra ponta está a Islândia, com 18 mil empreendedores, a Eslovênia, com 86 mil, e a Letônia, com 96 mil.
Jovens e empresários
Os jovens brasileiros também estão mais empreendedores. A pesquisa GEM mostra que do total de jovens, entre 18 e 24 anos, no país, 15% desenvolvem atividade empreendedora. Isso significa 3,82 milhões de pessoas. Entre os anos de 2001 e 2008, essa taxa estava em 11,9%. Os jovens também representam 25% dos empreendedores brasileiros, o que coloca o Brasil em terceiro lugar no ranking mundial, atrás do Irã, onde a taxa é de 29%, e da Jamaica, onde a taxa é de 28%.
A pesquisa mostra também que o Brasil conta com um empreendedorismo mais planejado e consistente. Pela primeira vez desde que o estudo é realizado no país, inverteu-se a proporção entre as pessoas que empreendem por necessidade e oportunidade. Para cada brasileiro que empreende por necessidade, há dois que o fazem por oportunidade. E a taxa de empreendedorismo do Brasil, de 12%, manteve-se semelhante à de países como Estados Unidos e outros desenvolvidos, de acordo com a Agência Sebrae.