São Paulo – Os investimentos estrangeiros diretos (IED) diminuíram nos países árabes por causa da crise financeira internacional. De acordo com o relatório anual da Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental das Nações Unidas (ESCWA, na sigla em inglês), divulgado este semana, os aportes realizados em 2008 somaram US$ 60 bilhões, ante US$ 64 bilhões no ano anterior, uma redução de 6,3%. As informações são do site da TV Aljazeera, do Catar, na internet.
Os especialistas da comissão sediada em Beirute, no Líbano, informaram que o fluxo de investimentos deverá ficar ainda menor este ano, uma vez que a crise fez com que empresas multinacionais postergassem a execução de vários projetos. A ESCWA tem 14 países membros e corresponde, no Oriente Médio, à Cepal na América Latina.
De acordo com o relatório, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito atraíram juntos 76% do IED na região em 2008. A Arábia Saudita ocupou o primeiro lugar, recebendo US$ 22,5 bilhões, ante US$ 24,3 bilhões em 2007, queda de 7,5%; os Emirados ficaram na segunda posição, com US$ 13,7 bilhões, uma redução de 3,2%; e o Egito, em terceiro lugar, atraiu US$ 9,5 bilhões, uma diminuição de 18%.
O levantamento destaca, porém, crescimento dos investimentos em cinco países da região: Bahrein, Jordânia, Sudão, Síria e Líbano. Na Síria e no Líbano o fluxo registrou taxas inéditas de aumento de 43% e 32%, respectivamente.
Os setores que mais receberam recursos na região foram o petroquímico, de serviços financeiros e imobiliário. A União Européia, encabeçada pelo Reino Unido e França, lidera a origem do IED nos países árabes, seguida pelo Japão e pelos Estados Unidos.
*Tradução de Saleh Haidar