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Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) – A demanda diária de petróleo em 2005 deve crescer em mais 1,5 milhão de barris, segundo informou ontem (14) ao jornal árabe Khaleej Times o diretor do departamento de pesquisa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Adnan Shihab-Eldin. Ele acrescentou que deste total, 1,2 milhão de barris seriam fornecidos por países não membros da OPEP e o restante viria da Opep.
Eldin declarou que a Opep permanecerá como o principal fornecedor no mercado. "Cerca de 80% do petróleo do mundo é produzido pela Opep. É mais barato produzir petróleo no Oriente Médio do que comprar de outras áreas", explicou Eldin durante o Fórum Árabe de Estratégia, que está em andamento. "Queremos estabilizar o preço do petróleo (no ano que vem). Terminaremos o ano com preços entre US$ 35 e US$ 36 por barril", disse.
Durante o evento, os ministros do Petróleo dos Emirados e do Catar descartaram a possibilidade do consumo de petróleo cair até o ano de 2020. "O petróleo continuará tendo um papel importante. Haverá mais demanda por petróleo," declarou Abdulla bin Hamad Al Atiyah, vice primeiro ministro e ministro da Energia e Indústria do Catar.
O ministro da Energia dos Emirados, Mohammed Al Hamli declarou também que o futuro ainda é muito próspero para o petróleo. "O petróleo continuará dominando até 2020", declarou. Ao falar no painel "Energia em 2020 – o Futuro do Petróleo e do Gás", Al Hamli acrescentou que a demanda por petróleo deveria crescer 1,7% até 2020.
Concordando com os comentários do ministro do petróleo, Lord Howell de Guildford, ex-secretário de energia do Reino Unido também afirmou que a demanda por petróleo continuará crescendo. "Pode haver soluços, mas o crescimento continuará", afirmou. Howell disse que o cenário apresentado por analistas é muito pessimista.
"Acredito que há muitas possibilidades e que elas estão ficando cada vez mais positivas. A China está bebendo petróleo e o país acaba de começar. O mesmo pode ser dito da Índia," explicou o ex-secretário. "A demanda nem começou a crescer direito nestes países. Os Estados Unidos também continuam consumindo grandes volumes", declarou Howell.