Kuwait News Agency*
Cairo – A economia do Egito teve um crescimento recorde no segundo trimestre do ano fiscal 2005-2006, período que foi de outubro a dezembro de 2005. Ocorreu um aumento de 6,1% no produto interno bruto (PIB), contra 4,7% no mesmo período do ano fiscal anterior. As informações constam de um relatório divulgado na sexta-feira (24) pelo Ministério do Planejamento do país. O ano fiscal no Egito começa em 1° de julho e termina em 30 de junho do ano seguinte.
De acordo com o estudo, o PIB acumulado no período ficou em 145,8 bilhões de libras egípcias, o que dá US$ 25,5 bilhões pelo câmbio atual. Uma libra egípcia equivale a US$ 0,175. O levantamento elaborado pelo governo egípcio prevê que o PIB do país vai chegar a US$ 104 bilhões (593 bilhões de libras egípcias) no final do ano fiscal de 2005/2006, em junho deste ano.
Alguns setores da economia tiveram uma forte expansão, como por exemplo, o turismo, com crescimento de 15%; construção civil, com 12,6%; operações no Canal de Suez, que aumentaram em 7,9%; e o setor de gás natural, que teve crescimento de 6,1%.
O índice de inflação, de acordo com o relatório, pode cair mais, sendo que no segundo trimestre do ano fiscal de 2005/2006 já havia diminuído para 3,1%.
Localizado na região Nordeste da África, o Egito tem 73,3 milhões de habitantes e é o país árabe mais populoso. Os egípcios têm na agricultura, no setor têxtil, no turismo, na indústria petrolífera e na operação do Canal de Suez suas principais fontes de renda.
Intercâmbio
O Egito é um dos principais parceiros comerciais do Brasil no mundo árabe. No ano passado, as exportações brasileiras para lá renderam US$ 868 milhões, um aumento de quase 40% em comparação com 2004. Os principais produtos embarcados foram carne bovina, minério de ferro, açúcar, chassis com motor para veículos, complexo soja (óleo, farelo e grãos) e automóveis. Em janeiro deste ano, as exportações somaram US$ 74,5 milhões, um crescimento de quase 25% em relação ao mesmo mês de 2005.
As importações de produtos egípcios, porém, são menores. No ano passado elas somaram US$ 31 milhões e diminuíram em 7% em comparação com 2004. Os principais produtos da pauta são naftas para a indústria petroquímica, superfosfato (fertilizante), algodão, negros de carbono (material utilizado nas indústrias de borracha, tintas, papel e plástica), couros e lâminas de barbear.
*Tradução de Silvia Lindsey com informações da redação da ANBA