São Paulo – Visando a equidade entre salários de homens e mulheres no setor privado, entrou em vigor uma nova lei nos Emirados Árabes Unidos na última sexta-feira (25). A informação é do site do jornal local The National, que classificou a lei como histórica. A legislação já vinha sendo discutida desde abril de 2018, quando um esboço foi aprovado pelo Gabinete dos Emirados Árabes Unidos.
O decreto foi emitido pelo presidente dos Emirados, Khalifa Bin Zayed Al Nahyan. O país promove a paridade de gênero, mas a mentalidade de alguns empregadores é um obstáculo, dizem os recrutadores. O setor privado deve fazer mais para aumentar a igualdade de gênero nos Emirados Árabes Unidos, disse Manal bint Mohammed, presidente do Conselho de Equilíbrio de Gênero dos Emirados Árabes Unidos, que divulgou em sua conta na rede social Twitter que a lei entraria em vigor.
A nova lei estipula que “as mulheres receberão um salário semelhante ao do homem se ela realizar o mesmo trabalho, ou outro de igual valor”. A diretiva alterada, atualizando uma lei federal anterior estabelecida em 1980, tem objetivo de encorajar mais mulheres a entrar no setor privado.
“Parabéns a todas as mulheres que trabalham no setor privado dos Emirados Árabes Unidos. Essa etapa, sem dúvida, aumentará a inclusão social das mulheres, apoiará seu papel no desenvolvimento nacional e avançará o status dos Emirados Árabes Unidos no Índice de Igualdade de Gênero do mundo”, afirmou Manal.
O país do Golfo subiu 23 posições no Índice de Desigualdade de Gênero de 2019 do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, ocupando o primeiro lugar no mundo árabe e o 26º no mundo. A meta de Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, vice-presidente e governante de Dubai, ao estabelecer o Conselho de Equilíbrio de Gênero dos Emirados Árabes Unidos em 2015, era se classificar entre os 25 principais países do mundo até 2021.