Da redação
São Paulo – As exportações brasileiras de produtos gráficos cresceram 60,21% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O setor exportou US$ 143,75 milhões contra os US$ 89,7 milhões dos seis primeiros meses de 2005, de acordo com informações do Departamento de Estudos Econômicos (Decon) da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf).
O produto que mais contribuiu para o desempenho foi o caderno. A indústria de cadernos teve uma receita de exportações de US$ 54,13 milhões entre janeiro e junho deste ano, 157,84% a mais do que em igual período de 2005. De acordo com informações divulgadas pela Abigraf, um dos motivos foi o aumento das salvaguardas norte-americanas à importação de produtos chineses.
"O produto gráfico brasileiro tem qualidade e preço competitivo e, aos poucos, está ganhando espaço no mercado internacional", afirmou o presidente nacional da Abigraf, Mário César de Camargo, segundo nota divulgada pela entidade. Os produtores de embalagens também aumentaram suas receitas com exportações em 15,71% no período, com US$ 33,87 milhões.
Superávit
As importações do setor também cresceram impulsionadas pela valorização do real frente ao dólar. Elas alcançaram US$ 94,16 milhões no primeiro semestre deste ano, valor 16,31% superior ao mesmo período de 2005. As compras de embalagens de fora do Brasil, por exemplo, aumentaram 65,36% e ficaram em US$ 9,07 milhões.
Mesmo assim, o país teve superávit na balança comercial do segmento. O saldo entre importações e exportações ficou positivo para o Brasil em US$ 49,59 milhões, valor 298,69% superior ao mesmo período do ano passado, quando ele ficou em US$ 12,44 milhões. Os números divulgados pela Abigraf são baseados em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.