Emirates News Agency
Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) – A região do Golfo Arábico será a maior produtora e exportadora de petroquímicos e plásticos até o final do próximo ano. A previsão foi feita por Homood Al-Tuwaijri, vice-presidente da área de petroquímicos da estatal saudita Saudi Basic Industries Corporation (Sabic).
"As exportações anuais de produtos petroquímicos do GCC já passam de 30 milhões de toneladas. Esse volume vai aumentar para mais de 40 milhões de toneladas até o fim do próximo ano", disse Al-Tuwaijri, referindo-se aos seis países que formam o Conselho de Cooperação do Golfo (Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Kuwait). Segundo ele, são esperados investimentos de mais de US$ 40 bilhões no setor até 2010.
De acordo com o executivo, o acesso fácil a matérias-primas a preços competitivos e a proximidade dos mercados mais prósperos, fazem dos países do GCC a melhor escolha para investimento no setor.
Os países do Golfo estão expandindo suas operações na área para diversificar suas economias e fortalecer suas indústrias. Além do acesso à matéria-prima (petróleo e gás), a região conta com instalações modernas e boa infra-estrutura para exportação.
"A chave para o nosso sucesso é a abundância de fornecimento de gás natural, enquanto produtores em outras partes do mundo dependem de gás natural caro ou matéria-prima a base de nafta (um derivado do petróleo) para produzir etileno. O custo de produção do etileno a base de nafta é quatro vezes maior do que a do mesmo produto a base de gás natural. As reservas de gás da região do Golfo, que hoje já representam 40% do total mundial, certamente vão aumentar", disse Al-Tuwaijri.
Várias companhias têm anunciado projetos de expansão. Nos Emirados, por exemplo, as empresas Borealis e a Adnoc planejam construir uma fábrica para produzir 1,2 milhão de toneladas de petroquímicos. Uma joint-venture entre a kuwaitiana Equate e a multinacional Dow Chemicals quer construir uma outra unidade de produção de etileno até o final de 2007. No Catar duas fábricas, com capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas e 1,4 milhão de toneladas, estão sendo construídas. Em Omã o governo local e a Dow Chemicals pretendem implantar um grande complexo petroquímico.
Na Arábia Saudita a petrolífera estatal, Saudi Aramco, e a japonesa Sumitomo planejam instalar uma unidade industrial com capacidade para produzir 1,2 milhão de toneladas de etileno. No mesmo país existem projetos sendo tocados pela National Petrochemical Industrialisation Company, pela Saudi International Petrochemical Company e pela Project Management and Development.