São Paulo – As importações brasileiras de resinas termoplásticas cresceram 60,7% no primeiro semestre deste ano sobre os mesmos meses de 2007 e chegaram a 521,7 mil toneladas, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). As importações ajudaram a sustentar o aumento do consumo dos produtos dentro do mercado brasileiro.
Entre janeiro e junho deste ano o Brasil consumiu 2,4 milhões de toneladas em resinas termoplásticas. O volume foi 13,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. A indústria nacional também abasteceu o mercado doméstico, mas houve queda de 6,6% na produção. O Brasil fabricou 2,2 milhões de toneladas do produto. A produção foi afetada por paradas de petroquímicas nacionais para manutenção.
Os dados englobam os polietilenos (PE), o polipropileno (PP), o poliestireno (PS), o cloreto de polivinila (PVC) e o copolímero de etileno e acetato de vinila (EVA). As exportações brasileiras de resinas termoplásticas também caíram no acumulado do ano até junho. Elas ficaram em 375,7 mil toneladas, com redução de 39,7% em relação ao igual período do ano passado.
Em junho, separadamente, a produção brasileira de resinas termoplásticas ficou em 380,4 mil toneladas, 6,4% superior ao mês de maio. Houve queda, porém, de 6,6% sobre junho do ano passado. As importações mantiveram-se praticamente no mesmo nível de maio, com 85 mil toneladas, e as exportações cresceram 32,2%, chegando a 66 mil toneladas.
"Diversos setores industriais que são grandes consumidores de resinas mantêm a perspectiva de crescimento da produção e das vendas nos próximos meses. Há, é evidente, preocupações com a elevação dos preços das matérias-primas petroquímicas no mercado internacional, mas, até o momento, as indicações são positivas para o restante do ano", diz o coordenador da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas da Abiquim, Luiz de Mendonça.