São Paulo – A indústria de massas alimentícias brasileira faturou R$ 5 bilhões no ano passado. Houve crescimento de cerca de 10% sobre o ano anterior, quando o valor ficou em R$ 4,5 bilhões. O desempenho foi considerado bom em função da atual crise mundial.
“Nosso mercado é um dos últimos a serem atingidos em caso de abalos na economia", comenta Claudio Zanão, diretor-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima). As informações foram divulgadas pela assessoria da entidade.
O segmento também enfrentou aumento de 30% nos preços da farinha de trigo. Ao consumidor, porém, de acordo com Zanão, foram repassados apenas 10% do aumento. Essa foi, segundo ele, uma estratégia para privilegiar o consumidor.
De acordo com o diretor-presidente, há ainda espaço para a indústria crescer no mercado nacional já que o brasileiro consome pouca massa. O consumo per capital no Brasil é de 6,4 quilos por habitante por ano. O volume é a metade da Venezuela e bem menor que a Itália, a primeira da lista, que consome 28 quilos por habitante ao ano.
"As massas têm todas as características para ser um alimento mais consumido. São baratas, nutritivas, saborosas, práticas, acessíveis em todas as regiões do país e, ao contrário de uma percepção equivocada, não engordam", diz o diretor-presidente da Abima.
A Abima representa os fabricantes de massas alimentícias e derivados do trigo no Brasil. Os associados da entidade são responsáveis por cerca de 85% do mercado nacional, com uma produção de 1,2 milhão de toneladas ao ano.