São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe-Moçambicana foi fundada há apenas seis meses e já tem 63 empresas associadas. Em busca de mais know-how para seu funcionamento, um grupo da instituição visitou nesta terça-feira (04) a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A entidade do Brasil é a primeira a ser visitada pela equipe africana, que busca apoio em uma empreitada maior.
“Essa é a primeira Câmara que estamos visitando e é esse o motivo da nossa viagem ao Brasil. Nosso maior objetivo é ter o apoio da Câmara Brasileira, ter isso como nosso apadrinhamento”, revelou o presidente da Câmara Árabe-Moçambicana, Sérgio Matos, em entrevista à ANBA. O apoio que os moçambicanos esperam é para que sua instituição seja aceita como membro da União Câmaras Árabes e reconhecida pela Liga Árabe. A União reúne câmaras de comércio dos países árabes e entidades semelhantes de fora da região, como a Câmara Árabe Brasileira.
A instituição brasileira foi escolhida para a primeira visita por sua história de 66 anos de atuação. Além do apoio do Brasil, os africanos estão se organizando internamente para fortalecer o nome de sua recém-criada entidade. “Em Moçambique, são oito embaixadores de países árabes e já estamos em contato para eles fazerem um documento reconhecendo a Câmara e enviarem à Liga Árabe”, explicou Matos.
Entre os projetos que a Câmara Moçambicana espera levar à frente, estão cinco na área de agronegócio. “O Brasil é um expert em tecnologia na agricultura e poderíamos ter uma ligação disso com o investimento árabe, por exemplo”, afirmou o presidente. Outros setores visados pela entidade são aviação nacional, que segundo Matos carece de modelos de carga, e recursos minerais.
Na viagem ao Brasil, o grupo tem agenda específica com a Câmara Árabe Brasileira, onde vai conhecer melhor a estrutura e a gestão também nesta quarta-feira (05). Durante o encontro de terça, a delegação foi recebida por Tamer Mansour, diretor-geral interino da Câmara Brasileira, e a expectativa é que os laços entre as duas instituições se firmem até o ano que vem. Além do Brasil, a equipe africana quer aprender futuramente com a Câmara de Portugal, mas a viagem ao país europeu ainda não tem data prevista.