São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro falou sobre a viagem que fará aos países árabes durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (24), em Nova York, ao se referir a parcerias que o Brasil vem desenvolvendo em seu governo. Ao abordar a contribuição do País para processos de paz, ele também citou a colaboração brasileira na missão das Nações Unidas no Líbano.
“Ao longo deste ano, estabelecemos uma ampla agenda internacional com intuito de resgatar o papel do Brasil no cenário mundial e retomar as relações com importantes parceiros”, disse Bolsonaro. Ele citou a participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, as visitas aos Estados Unidos, ao Chile, a Israel e à Argentina, e a aproximação com os demais países do Mercosul, o Paraguai e o Uruguai.
“Ainda este ano, visitaremos importantes parceiros asiáticos, tanto no Extremo Oriente quanto no Oriente Médio. Essas visitas reforçarão a amizade e o aprofundamento das relações com Japão, China, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar. Pretendemos seguir o mesmo caminho com todo o mundo árabe e a Ásia”, falou. Bolsonaro fará viagem a Arábia Saudita, Emirados e Catar no final de outubro.
Ele se disse ansioso por visitar também parceiros e amigos na África, Oceania e Europa. “Como os senhores podem ver, o Brasil é um país aberto ao mundo, em busca de parcerias com todos os que tenham interesse de trabalhar pela prosperidade, pela paz e pela liberdade”, falou o presidente durante a Assembleia.
Bolsonaro disse que o Brasil condena atos de perseguição religiosa. “Nos últimos anos testemunhamos, em diferentes regiões, ataques covardes que vitimaram fiéis congregados em igrejas, sinagogas e mesquitas”, falou. De acordo com ele, a devoção do Brasil à causa da paz se comprova pelas contribuições a missões da ONU.
O presidente lembrou que há 70 anos o Brasil tem colaborado para operações de manutenção da paz das Nações Unidas. “Nas circunstâncias mais variadas, no Haiti, no Líbano, na República Democrática do Congo, os contingentes brasileiros são reconhecidos pela qualidade de seu trabalho e pelo respeito à população, aos direitos humanos e aos 17 princípios que norteiam as operações de manutenção de paz”, disse.
Bolsonaro disse que representa um novo país, que está se reerguendo, revigorando parcerias e reconquistando a confiança política e econômica. Segundo ele, é um novo Brasil que ressurge “após estar à beira do socialismo”. “Não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica. E vice-versa. O livre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil”, falou ele.
Citando a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia e Área Europeia de Livre Comércio (EFTA), ele disse que o Brasil está abrindo a economia e se integrando às cadeias globais de valor. “Pretendemos seguir adiante com vários outros acordos nos próximos meses”, afirmou. Segundo Bolsonaro, o Brasil está pronto para iniciar processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Bolsonaro falou bastante sobre a Amazônia, os indígenas e o meio ambiente. Ele disse que seu governo tem compromisso com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável e defendeu a soberania nacional para cuidar da Amazônia e das questões ambientais.