Marina Sarruf
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São Paulo – As empresas brasileiras que participaram da Arab Health, feira de produtos médico-hospitalares realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, fecharam negócios no valor de US$ 2,8 milhões, resultado 150% superior ao obtido com a participação em 2007. “A feira foi excelente. Foi uma das melhores edições que já participamos”, afirmou o diretor executivo da Associação Brasileira de Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório (Abimo), Hely Audrey Maestrello.
Segundo ele, o valor dos negócios fechados superou as expectativas da entidade, que estimava US$ 1,5 milhão. As 38 empresas brasileiras que participaram da feira fizeram 2.673 contatos com mais de 30 países. De acordo com Maestrello, para os próximos 12 meses ainda podem ser fechados negócios na ordem de US$ 17,5 milhões em decorrência da feira. A mostra foi realizada no final de janeiro.
Uma das empresas que fechou negócio no evento foi a Olidef CZ, fabricante de aparelhos hospitalares, que vai começar a exportar para Arábia Saudita toda a linha neonatológica, principalmente incubadoras e berços aquecidos. Segundo o gerente de comércio exterior da empresa, Bruno Tavares Pinto, essa foi a quarta vez que a Olidef CZ participou da feira. Do total exportado pela companhia, 25% é destinado para países árabes, como Iêmen, Emirados Árabes, Egito, Marrocos e Argélia.
De acordo com Tavares, o novo distribuidor da Arábia Saudita que fechou negócios é representante do governo. “O mercado árabe ainda é uma promessa para a empresa. Estamos tentando levar cada vez mais os nossos produtos para a região”, disse. Outra empresa que acredita que as vendas ao mercado árabe deverão aumentar após a feira é a GM Reis, fabricante de implantes para coluna, produtos ortopédicos e da área biológica.
“Fizemos muitos contatos na feira que certamente vão gerar negócios”, disse o responsável pelo departamento de comércio exterior da GM Reis, José Luiz Lecumberret. Segundo ele, a empresa já exporta para mais de 30 países, ente eles Arábia Saudita, Egito, Síria e Líbano. “Os Emirados Árabes, por exemplo, estão construindo hospitais gigantescos e vai haver uma grande demanda por produtos e equipamentos médico-hospitalares”, afirmou.
Outra participante brasileira que está confiante em relação aos contatos realizados na feira foi a Konex, fabricante de acessórios para radiologia médica e produtos de proteção radiológica. “Neste ano o evento foi bastante movimentado e, apesar de não termos fechado negócios na feira, estimamos novos negócios decorrentes desta participação”, disse o diretor da empresa, Luiz Guilherme Mucciolo, que participou do evento pela quarta vez.
Segundo o diretor da Abimo, todos os participantes saíram satisfeitos com os resultados da feira. Para a próxima edição, a entidade já tem lugar garantido. “Estamos querendo ampliar o nosso espaço na feira e tentando conseguir uma localização melhor, mas está difícil, pois a feira é lotada”, disse Maestrello.
Dentistas
Em março, 18 empresas brasileiras vão participar de outra feira em Dubai, a AEEDC, do setor odontológico. “Não temos como ficar de fora dessas feiras”, concluiu Maestrello.