São Paulo – O governo de Omã anunciou esta semana que pretende ampliar sua contribuição ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para auxiliar no combate à crise na Zona do Euro, de acordo com informações da agência de notícias Reuters e do jornal Gulf News, de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
“Nossa porcentagem é muito pequena, nós vamos, talvez, dobrá-la”, disse o presidente executivo do banco central omanita, Hamoud Sangour Al Zadjali, à Reuters. A participação de Omã no financiamento do Fundo é de 0,1%. O país árabe que mais contribui é a Arábia Saudita. O maior financiador mundial são os Estados Unidos.
Zadjali deu a declaração durante uma reunião de presidentes dos bancos centrais do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês) e do Banco Central Europeu, em Abu Dhabi, capital dos Emirados. “Qualquer que seja o aumento [de porcentagem], nós vamos participar”, afirmou Zadjali, segundo a agência.
O FMI quer ampliar seus recursos em US$ 500 bilhões para fazer frente aos desafios da economia internacional, especialmente a crise a Europa. São US$ 300 bilhões a mais do que já foi prometido por países europeus.
O anúncio de Omã, de acordo com o Gulf News, é o primeiro sinal de que países árabes pretendem contribuir para este esforço. O Fundo quer atrair recursos de países emergentes sob a alegação de que essas economias vão sofrer com a retração do mercado europeu.
Ainda de acordo com o jornal, Zadjali declarou que espera que o Produto Interno Bruto (PIB) de Omã cresça 6% este ano, ante 7% em 2011. A projeção de inflação para 2012 é de 4%. Os gastos do governo cresceram 14% no ano passado frente à Primavera Árabe.