São Paulo – O Conselho de Segurança da ONU decidiu nesta sexta-feira (21) estender por mais um ano o mandato da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, na sigla em inglês). A decisão é válida até 31 de agosto de 2016.
Segundo informações do site de notícias da ONU, o conselho entendeu que a situação no Líbano continua a ser uma ameaça à paz e à segurança internacional. A missão da Unifil é garantir uma área livre de armas na fronteira do Líbano com Israel, chamada de Linha Azul.
Para justificar a decisão, a resolução cita os “sérios distúrbios ocorridos” em 28 de janeiro deste ano, quando uma escaramuça entre a milícia libanesa Hezbollah e o exército de Israel resultou na morte de dois soldados israelenses e de um membro espanhol da força da ONU.
Por unanimidade, os 15 membros do conselho exigiram que as partes envolvidas respeitem a suspensão das hostilidades e a proibição de entrada de armas, materiais e pessoas não autorizadas na Linha Azul. A região foi foco de um conflito entre Israel e Hezbollah em 2006.
A resolução afirma que a cooperação entre a Unifil e as Forças Armadas Libanesas ajudou a criar um “novo ambiente estratégico” no sul do Líbano e pede a intensificação desta cooperação, principalmente no que diz respeito ao patrulhamento da região.
Nesse sentido, o conselho pediu apoio internacional às Forças Armadas do Líbano em áreas consideradas críticas, com contraterrorismo e proteção de fronteiras.
O texto ressalta também que as partes envolvidas devem observar “escrupulosamente” suas obrigações em garantir a segurança e a livre movimentação dos membros da missão da ONU, e que o exército israelense deve se retirar do território libanês de Ghajar “sem mais demora”.
A Unifil foi criada em 1978 para supervisionar a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, garantir a paz na região e auxiliar o governo local a restaurar sua autoridade sobre o território. O mandato da missão foi modificado em 1982, 2000 e foi significativamente ampliado em 2006.
Além da supervisão da Linha Azul, a missão tem por objetivos auxiliar o exército libanês na manutenção da segurança e monitorar eventuais violações do território por terra ou ar, entre outros.
O Brasil é um dos integrantes da Unifil. O País comanda a força-tarefa marítima responsável por patrulhar as águas territoriais do Líbano para impedir a entrada clandestina de armas e materiais relacionados.