Marina Sarruf
São Paulo – O Oriente Médio teve um papel importante no desempenho do aumento das exportações brasileiras de carne de frango em agosto. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), Ricardo Gonçalves. Os embarques totais do produto no mês passado foram de 299,15 mil toneladas, o que representou um aumento de 12,7% em relação a agosto de 2005. As vendas externas somaram US$ 339,34 milhões, 0,42% acima da verificada no mesmo período do ano passado.
"O mês de agosto foi o melhor mês do ano para as exportações brasileiras", afirmou Gonçalves. De janeiro a agosto deste ano as vendas externas de carne de frango somaram US$ 2 bilhões, uma queda de 7,75% em relação aos oito primeiros meses de 2005. Foram embarcadas 1,72 milhão de toneladas, o que representou uma queda de 8,13% comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo Gonçalves, a queda das vendas externas do produto ainda se refere aos focos de gripe aviária na Ásia, Europa e África que ocorreram no começo desse ano.
Gonçalves destacou que as exportações brasileiras de carne de frango em volume para o Oriente Médio cresceram em 155% em relação a julho deste ano. Foram embarcadas para a região 85,78 mil toneladas do produto no mês passado. As vendas externas para os países árabes somaram US$ 80,88 milhões em agosto, um aumento de 168% em relação a julho de 2006. "O Oriente Médio melhorou no seu posicionamento por causa do Ramadã", disse Gonçalves. O período religioso, que vai do dia 22 de setembro até 21 de outubro, é comemorado por muitas festas a noite, quando os muçulmanos comem muito.
Janeiro a agosto
De janeiro a agosto deste ano, o principal mercado consumidor da carne de frango brasileira foi a Ásia, que importou 498,92 mil toneladas, com aumento de apenas 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações para a região somaram US$ 604,67 milhões, uma queda de 5,3% em comparação aos oito primeiros meses de 2005.
Já o segundo maior mercado em volume foi o Oriente Médio, que importou 449,64 mil toneladas, uma queda de 19,4% em relação ao mesmo período do no passado. As exportações para a região somaram US$ 472,8 milhões. Em terceiro lugar, ficou o mercado europeu, com importações de 355 mil toneladas e uma receita de US$ 556,2 milhões.