Emirates News Agency
Dubai (Emirados Árabes Unidos) – A capacidade total de refino dos países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), união aduaneira formada por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã, deve subir para 7,13 milhões de barris por dia (b/d) até 2006, ante 3,97 milhões em 2003, segundo estudo publicado pelo Banco Industrial dos Emirados (EIB).
A capacidade de refino dos Emirados alcançará 1,14 milhões barris ao dia em 2006, contra 780 mil em 2003. O setor de refino do GCC cresceu 19% nos últimos cinco anos, de acordo com o estudo.
A Arábia Saudita será o maior refinador entre os países do GCC em 2006, com 4,3 milhões de barris ao dia, contra os 1,8 milhões de 2003. Em segundo lugar virão os Emirados. Os outros países do grupo também devem aumentar sua capacidade de refino. O Kuwait passará de 900 mil barris em 2003 para 980 mil em 2006, o Catar de 140 mil para 280 mil e Omã de 80 mil para 160 mil.
A Arábia Saudita é o país que mais tem refinarias no GCC: oito. Os Emirados têm quatro, o Kuwait três, o Catar duas e Bahrein e Omã têm uma refinaria cada.
Refinarias
O relatório também informa que o número de refinarias na região aumentará das atuais 19 para 23 em 2006. Espera-se que a capacidade de refino alcance 40% da produção petrolífera daquele ano.
As novas refinarias, informou o estudo, terão capacidade para refinar petróleo pesado, que é mais difícil de processar nas refinarias atuais.
O estudo acrescentou que a decisão do GCC de passar a usar gasolina livre de chumbo levou vários países do grupo a modernizarem suas refinarias para que respeitem o padrão local e mundial.
O estudo mostra que a atual capacidade produtiva das 19 refinarias em atividade no GCC está em 25% do total de produção petrolífera de 16 milhões barris ao dia na região.
"Os olhos do mundo todo estão virados para a região do Golfo, na esperança de que a região possa suprir a crescente demanda mundial por produtos geradores de energia", diz o estudo, que também pediu que o setor de refino seja aberto para investimentos privados.
"Dar ao capital privado a oportunidade de contribuir com o setor de refino, junto com grandes petrolíferas estatais e estrangeiras, significará um grande salto no setor de investimento petrolífero", prossegue o documento.
No passado, o setor privado tentou estabelecer pequenas refinarias particulares, mas esta tentativa não teve o êxito esperado devido à falta de experiência produtiva e de marketing. Além disso, é alto o custo de operação e administração deste setor estratégico.
Mas a situação atual está bastante diferente porque o setor privado tem grandes recursos financeiros e está atrás de oportunidades de negócios dentro ou fora do GCC.