Emirates News Agency
Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) – As economias dos países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), união aduaneira que reúne Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Kuwait, deverão crescer em média 5% este ano. É o que mostra um estudo divulgado esta semana pelo banco de investimentos Shuaa Capital, de Dubai, nos Emirados.
De acordo com a pesquisa, o país que deverá registrar o maior crescimento nos anos de 2005 e 2006 é o Catar. Em 2005 o país deve começar a lucrar com grandes projetos na área de petróleo e gás e com acordos que foram assinados, como com o Reino Unido, com a ExxonMobil e a Shell, no valor de US$ 18 bilhões, entre outros.
As reservas de gás do Catar somam hoje aproximadamente 25 trilhões de metros cúbicos e o país exporta 18 milhões de toneladas por ano. As vendas externas devem alcançar 75 milhões de toneladas em cinco anos, com o país se transformando no maior exportador de gás natural do mundo.
Tal desenvolvimento, segundo o estudo, ocorrerá sem um grande endividamento do país. O nível de endividamento do Catar deve aumentar dos atuais US$ 17 bilhões para US$ 21,1 bilhões até o final de 2006.
Emirados, Arábia Saudita e Kuwait
Já a economia dos Emirados Árabes Unidos deverá crescer 5,9% em 2005. A expectativa de crescimento é devida à previsão de aquecimento de setores como os de turismo, construção, aviação e serviços.
"Inicialmente estimávamos um crescimento de 5,7% para 2004. No entanto, recentemente foi anunciado um crescimento de 5,6%, e o PIB (Produto Interno Bruto) alcançou US$ 117 bilhões. Acreditamos que a economia continuará a crescer em 2005, em 5,9%, e o resultado em 2006 deve ser ainda melhor," declarou o analista do Shuaa Capital, Ahmed Al Samerai.
No Kuwait, os preços do petróleo farão com que a economia continue forte e o crescimento esperado é de 6,5%. Mas quando, e se, o preço do petróleo cair para US$ 35 por barril, o crescimento deve cair para cerca de 3,2% e permanecerá sem muita variação. Com os preços do petróleo em níveis mais realistas, baseados na demanda, acredita-se que o Kuwait terá um superávit comercial de US$ 8 bilhões em 2005 e de US$ 7 bilhões em 2006.
No caso da Arábia Saudita, em 2005 a economia deve continuar a crescer no mesmo ritmo em de 2004, em 5,1%, mas em 2006 o percentual deve cair para 3,2%.
Com relação ao dólar, Samerai declarou que a moeda deve continuar sendo usada no GCC pois não há outra moeda que possa substituí-la. "Como os bancos centrais da Europa e outras instituições financeiras ainda têm grande parte de seus fundos em dólares ou títulos do tesouro americano, o dólar certamente não será substituído nesta parte do mundo", declarou o consultor.