Agência Sebrae
São Paulo – Os pequenos negócios brasileiros deverão crescer em 2008. A perspectiva otimista baseia-se no cenário macroeconômico favorável, tanto interno como externo. O dado faz parte de uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em São Paulo com 2.700 micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo, dos setores de comércio, indústria e transformação e serviços.
Segundo o levantamento, 45% das micro e pequenas empresas esperam uma melhora do seu faturamento nos próximos seis meses. É o índice mais alto de expectativas positivas para os negócios das micro e pequenas empresas desde maio de 2005, quando teve início o levantamento da série de expectativas.
A pesquisa mediu ainda a expectativa dos pequenos empresários com relação ao nível de atividade econômica. Em novembro de 2007, 43% acreditavam na melhoria da economia nos próximos seis meses e 45% apostaram na estabilidade. Para o economista e superintendente do Sebrae/SP, Ricardo Tortorella, os empresários estão corretos.
"A inflação sob controle, taxas de juros reduzidas, mais disponibilidade de crédito no mercado, aumento de massa salarial com aumento de consumo. Isso tudo deve valer para o próximo semestre, causando um impacto positivo na economia nacional", diz o executivo. Alguns setores estão se beneficiando ainda mais deste crescimento, como a construção civil, apoiados principalmente no aumento de rendas das classes C, D e E.
A pesquisa Indicadores Sebrae/SP mostrou também que em outubro, o faturamento médio das micro e pequenas empresas cresceu 11,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que significou que os caixas acumularam R$ 23,4 bilhões no mês, mais R$ 2,4 bilhões que em outubro de 2006.
A pesquisa monitora o desempenho das micro e pequenas empresas em todo o Estado e apresenta dados para quatro regiões: capital (cidade de São Paulo), Grande ABC, Região Metropolitana de São Paulo (39 municípios) e interior.