São Paulo – Os países árabes deverão continuar faturando alto com petróleo e durante um bom tempo. A informação consta de um estudo realizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e foi reproduzida em reportagem do site do jornal Emirates Business 24/7, de Dubai.
Mantido o ritmo de produção atual, as reservas petrolíferas dos Emirados Árabes Unidos deverão durar no mínimo 100 anos, gerando uma receita líquida de US$ 1,6 trilhão para o país. A Arábia Saudita, que detém mais de 25% das reservas de petróleo bruto do mundo, deverá faturar US$ 4,35 trilhões e o Kuwait, cerca de US$ 1,67 trilhão.
As estimativas do FMI foram calculadas com base no barril de petróleo a US$ 67, e levaram em conta fatores como crescimento populacional e velocidade de extração.
O FMI informou que a estimativa utilizada no estudo se baseia no relatório World Energy Outlook de 2007, segundo o qual o preço médio do barril de petróleo no período de 2008 a 2012 deverá ser de US$ 76,40.
Já as estimativas de crescimento populacional foram retiradas do Relatório de Desenvolvimento Mundial do Banco Mundial, que calcula taxas demográficas para um período de 20 anos. De acordo com o Banco Mundial, as populações dos países do Oriente Médio deverão crescer de 2,2% a 2,5% ao ano.
Os cálculos do FMI foram realizados com base em uma taxa de extração de petróleo de 1% ao ano para os Emirados, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela. A essa velocidade, as reservas de petróleo deverão se esgotar dentro de 100 anos, de acordo com o estudo.
A riqueza petrolífera varia de US$ 212 bilhões, na Malásia, a mais de US$ 4,3 bilhões na Arábia Saudita. O retorno anual gerado pelo petróleo na Malásia corresponde a 2,5% do PIB do país. No Kuwait a porcentagem sobe para 20%.
Ainda de acordo com o estudo do FMI, os Emirados possuem cerca de 97,8 bilhões de barris de reservas comprovadas de petróleo. Na Arábia Saudita o volume equivale a 264,25 bilhões de barris; o Kuwait possui 101,5 bilhões; a Venezuela 90,01 bilhões; a Rússia 79,54 bilhões; e a Malásia, 4,2 bilhões.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum