São Paulo – Os países membros do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) devem crescer fortemente na próxima década, tanto em PIB quanto em população, segundo informa o site de notícias Emirates Business 24/7. Segundo o relatório “O GCC em 2020: Recursos para o Futuro" da Economist Intelligence Unit (EIU), serviço de inteligência da revista britânica The Economist, a previsão é que o PIB do bloco alcance US$ 1 trilhão em 2010 e US$ 2 trilhões em 2020. Já a população deve alcançar 53,5 milhões, expansão de 30% na comparação com os 40 milhões da atualidade.
No entanto, esse crescimento poderá gerar efeitos colaterais negativos como falta de energia elétrica e aumentos de preços, principalmente no setor de alimentos, segundo o relatório. “Alguns países do GCC já sofrem com falta de eletricidade e gás. O fornecimento de água também é um grande problema”.
Apresar de controlar 40% das reservas petrolíferas globais e 23% das reservas de gás natural, os países precisam conservar seus hidrocarbonetos, diz a EIU. Estudos mostram que a demanda por eletricidade já supera o fornecimento nos países da região e a crescente população amplia a demanda. Além do mais, utilizar hidrocarbonetos na geração de eletricidade resulta em menores volumes para exportação.
Fora o Catar, grande exportador de gás natural liquefeito (GNL), os governos da região pretendem consumir gás natural principalmente na geração elétrica. Os países também investem em formas de energia mais limpa.
"O GCC tem grandes reservas petrolíferas e de gás natural, mas não pode contar eternamente com essas rendas. Outras regiões investem pesadamente em combustíveis alternativos e em eficiência no setor energético, o que pode gerar concorrência às receitas dos países da região,” segundo o relatório.
Para a EIU, embora o petróleo e gás permaneçam como principais fontes de renda para as economias da região na próxima década, os países do GCC devem continuar investindo em energias alternativas.
*Tradução de Mark Ament