São Paulo – O presidente do Líbano, Michel Suleiman, vai visitar o Brasil este ano. Segundo o cônsul-geral do país árabe em São Paulo, Joseph Sayah, a data ainda não foi confirmada, mas poderá ser na segunda quinzena de abril. O diplomata esteve nesta quinta-feira (04) na sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira a convite do presidente da entidade, Salim Taufic Schahin.
Segundo Sayah, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, fez o convite para seu colega libanês vir ao Brasil há cerca de um ano. O diplomata acrescentou que Suleiman assumiu o cargo há pouco mais de um ano e meio e agora pretende começar a viajar para vários países. Há interesse especial no Brasil, já que o país abriga a maior comunidade de origem libanesa do mundo.
Sayah, que é cônsul-geral na capital paulista há mais de oito anos, destacou o bom relacionamento que o Líbano tem com o Brasil e com os imigrantes e descendentes que vivem no país. "A comunidade faz um trabalho maravilhoso", ressaltou.
Na seara comercial, ele disse que existem poucos negócios e a balança comercial bilateral é superavitária para o Brasil.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações brasileiras ao Líbano renderam US$ 310,6 milhões no ano passado, um aumento de 13,4% em relação a 2008. As principais mercadorias embarcadas foram carnes in natura, bovinos vivos, café, semimanufaturados de ferro e aço, óleo diesel, castanha de caju, açúcar, carnes processadas, papel, veículos e autopeças.
Na mão contrária, o Brasil importou apenas o equivalente a US$ 1,4 milhão do Líbano em 2009, ante US$ 53,5 milhões no ano anterior. Em 2008, a pauta foi praticamente dominada por fertilizantes. No ano passado, houve importação de plásticos, produtos alimentícios e mármore.
Sayah disse que foi assinado um acordo de cooperação econômica e comercial entre os dois países em 2003. Até hoje, porém, o tratado não foi executado. O diplomata afirmou que espera que ele possa ser colocado em prática com a visita de Suleiman, o que ajudaria a ampliar o comércio.