São Paulo – O presidente da Organização Árabe do Turismo (ATO, na sigla em inglês), Bandar Al Fuhaid, informou que a instabilidade política e os conflitos causaram prejuízos de US$ 96 bilhões aos países da região desde o início da Primavera Árabe, no começo do ano passado. Ele destacou que 18% das perdas ocorreram na indústria do turismo, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira (05) pelo jornal saudita Arab News.
Fuhaid acrescentou que a instabilidade afeta o trabalho até da própria instituição que dirige. "Nosso papel se tornou difícil, pois o turismo está ligado à segurança e nós não podemos promover o turismo em países instáveis", disse o presidente da organização com sede na cidade saudita de Jeddah. A Primavera Árabe atingiu em cheio países de forte vocação turística, como Tunísia, Egito e Síria.
Ele defendeu maior cooperação entre as nações árabes e a comunidade internacional para ajudar a região a superar os desafios impostos ao setor. Como exemplo, ele citou o Fórum Árabe-Turco de Turismo, evento de negócios do setor que vai ocorrer em abril, em Bursa, na Turquia. A ATO é uma entidade ligada à Liga Árabe.
Fuhaid deu as declarações durante uma entrevista coletiva ao lado do ex-ministro do Turismo de Omã, Abdul Malik Al Khalili. Mascate, a capital do país, foi escolhida como Capital Árabe do Turismo de 2012. Khalili ressaltou que os árabes têm forte tradição de hospitalidade e, em Omã, isso se tornou um ativo muito importante, na medida em que o turismo ganhou importância na economia nacional.
"A introdução do conceito do turismo tem que ser feita nas escolas e passar a fazer parte do currículo", declarou o ex-ministro.